Em relação ao tema abordado na sondagem desta semana (“Como faz no restaurante?”), a participação rondou os 30 votos, tal como habitual nas sondagens do Sem Espiga. Também devido ao número de visitas diárias podemos concluir que nem o calor que se faz sentir impediu que continuássemos a ser visitados diariamente por uma elevada percentagem de leitores.
Em relação à análise semanal em específico, a resposta mais votada desta semana foi “Escolho um prato naturalmente sem glúten e não menciono que sou celíaco”, com 48% dos votos. Em relação a esta opção e sem querer entrar em alarmismos, a APC Jovem informa que esta não é, de todo, a solução mais aconselhável. É sabido que em inúmeros restaurantes o peixe grelhado é passado na farinha para que a pele não fique colada à grelha, é sabido que muitas vezes as sopas são engrossadas com farinha de trigo e, a grande maioria dos pratos (inclusive o arroz), é apurada com recurso a caldos, nem sempre da marca Knorr, mas de outras marcadas NÃO TESTADAS pela APC.
Com 41% dos votos ficou a opção “Informo e peço informações ao empregado de mesa”. Esta escolha indica claramente que existe uma preocupação elevada com o cumprimento da dieta SG que não impede, contudo, que se faça a mesma vida social que no período antes do diagnóstico. Pela experiência pessoal dos membros da APC Jovem, sempre que se explica a um empregado de mesa que se tem doença celíaca não sendo a dieta uma questão de “moda ou mania”, este é prestável dizendo a verdade no respeitante à confecção dos pratos e falando muitas vezes com o cozinheiro. Devemos, contudo, reforçar que é uma questão de saúde com consequências graves a longo prazo para que, quem nos serve, fique ciente da importância do cumprimento da dieta bem como da evicção de contaminação cruzada (próxima entrada no “Sem Espiga” abordará esta matéria). Recordamos ainda que, caso viaje para outros países europeus e deseje comer em restaurantes, deverá visitar o site da Coeliac Youth of Europe (link disponível na barra direita do blogue) escolhendo, neste site, a opção Travel Net e seleccionando a bandeira do país que pretende visitar.
Prosseguindo na nossa análise, verificou-se que dois dos nossos leitores (6%) não frequentam restaurantes. Reforçamos a ideia de que pelo menos os restaurantes La Trattoria (Lisboa), Moinho Alentejano (Almada), Canto dos Sabores (Vendas Novas) e Churrasco e Companhia (Ermesinde), servem comida adaptada a celíacos, cumprindo todas as normas na confecção dos seus pratos e na limpeza das suas cozinhas. A APC e a APC Jovem continuam os seus esforços para aumentar a lista de restaurantes “verdes” disponíveis.
Por fim, um leitor seleccionou a opção “falo sempre com o cozinheiro”, o que nos parece claramente uma opção acertada uma vez que, por norma, estes são bastante disponíveis. Nenhum leitor seleccionou a hipótese “vou apenas onde já sou conhecido”.
Gostaríamos, mais uma vez, de apelar à sua participação nas votações e nos comentários às sondagens. Neste caso concreto seria bom que partilhasse nomes de restaurantes que costuma frequentar e são sensíveis à causa celíaca. Todos juntos fazemos a diferença. Obrigada.
APC Jovem
1 comentário:
Olá isto não é bem um comentário, é mais o relatar de uma experiência. No passado fim de semana eu e o meu marido, ele é celiaco há 2 anos (tem 33 anos), fomos passar o fim de semana a uma hotel, ao Troia Design Hotel, é um Hotel de 5 estrelas, muito bom, e que tem promoções que valem a pena. Quando marcamos, marcamos um estudio, porque ele não poderia usuferir do pequeno almoço incluido, mas foi de muito bom agrado que nos disseram que tinha pequeno almoço sem gluten, sem qualquer custo adicional. Faziam tb almoço, jantar, o que se quiser sem gluten, tem é de se referir isso aquando da marcação. Conhecem a doença e não houve qualquer problema. O pequeno almoço, foi um autentico manjar (cereais, tostas, bolachas, croassans, doces...) Gostei.... um bom sitio para se ir sem preocupações alimentares
Maria José Ricardo
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