13/05/2010

Viver sem Glúten no Japão

I lived in Japan for one year as a celiac and I just LOVE the Japanese food!


Unlike Europe, in Japan wheat is not used in the traditional dishes (excluding some sauces, see later), there is so much to explore for a celiac. Forget the tastes-like-some-gluten-including-dish-substitutes, this is REAL naturally gluten free food! The places you should check for food are any sushi shops, traditional restaurants, ethnic places, supermarkets and convenience stores, street food stores... etc. etc. etc. Normally you can have cooked rice anywhere, so you don't have to leave the restaurant hungry. Just avoid noodle shops, they do not have anything to offer for a celiac. You do not even need your gluten free bread for breakfast because in Japan they eat rice also for the first dish of the day! You can find the delicious fast food, o-nigiri, rice balls with thousands of different fillings, in any supermarkets and 24/7 convenience stores.

Try the traditional Japanese sweets made of rice, sweet potato and pumpkin. Try sushi and sashimi, the freshest fish in so many forms. Try the 100% buckwheat noodles, also very traditional. They even have a beer brand that's all made of beans and no malt of barley at all.
I also heard there was a “rice-burger” (a hamburger with rice patties instead of bread) to be bought in the Japanese hamburger-shop Mosburger. Never tried that one though. Japanese restaurants often show plastic models of the dishes in their windows. It is funny and even without speaking a word Japanese you can have an idea of what kind of food they serve in that place.

The first food-concerning words you should learn are mugi = cereal, ko-mugi = wheat and oo-mugi = barley. Rye and oats are not commonly used in the Japanese kitchen. Learning recognize the symbols helps you buy food in the supermarket.

The foods you should be aware of, are most sauces, noodles and battered foods of course, but also drinks and soups. Even if your restaurant staff understands you can eat no wheat flour, they may not notice that there can be gluten even in the common ingredients: sho-yu (soy sauce), mugi-miso (barley miso) and mugi-cha (barley tea). Soy sauce (sho-yu) can be used in any salty and even sweet dishes in Japan, so make sure what you are getting if you can not eat it. Miso paste is used for soups and marinades, and miso can be made of rice (kome-miso) or barley (mugi-miso). The rice miso is the most common one in Japan and is suitable for celiacs. The tea made of barley (called mugi-cha) is very often served in restaurants as a free drink. If you are served any drink brown or beige in color, whether it is hot or cold, please make sure it is no mugi-cha, they will give you a green tea or water instead!

Japanese people speak English rather badly, but normally they understand it spoken slowly, or even better when you have written English on paper. But I'm afraid words as celiac, wheat and intolerance are too difficult for a Japanese without special English skills. Always take a Japanese translated dietary explanation of the disease with you. You can express your celiac disease by saying wheat allergy “ko-mugi arerugii” or cereal allergy “mugi arerugii” (yes, the word for allergy is the Japanese pronunciation of the English word!). If you have no common language, the most convenient gesture that anyone understands is crossing (making an X with) your fingers or your hands – it means “no” or “forbidden”. Communicating with hands you may ask what you want to eat from the menu! Just show what you would wish to eat and show your translated dietary explanation. For making yourself understood ethnic restaurants in big cities, it's best to have the translation of celiac disease in Chinese and Korean as well.

Have fun and a lovely stay in the delicious foods' wonderland :)

Tiina Hotakainen

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Tradução:
"Eu vivi no Japão durante um ano como celíaca e simplesmente ADORO a comida japonesa!

Ao contrário da Europa, no Japão o trigo não é usado nos pratos tradicionais (à excepção de alguns molhos, ver depois), e existe tanto por onde explorar para um celíaco. Esquece o sabor de alguns pratos-substitutos-daqueles-com-glúten, aqui é comida VERDADEIRAMENTE natural sem glúten!

Os lugares onde deves procurar por comida são em qualquer loja sushi, restaurantes tradicionais, estabelecimentos étnicos, supermercados e lojas de conveniência, lojas de comida na rua...etc. etc. etc. Normalmente tens arroz cozinhado em qualquer local, logo não tens que deixar o restaurante com fome. Apenas evita lojas de massas, eles não têm nada para oferecer a um celíaco.

Tu nem sequer precisas do teu pão sem glúten para o pequeno-almoço porque no Japão eles comem arroz também na primeira refeição do dia!

Podes encontrar deliciosa “fast food”, o-nigiri, bolas de arroz com centenas de diferentes recheios em qualquer supermercado e loja de conveniência 24 horas nos 7 dias da semana.

Experimenta a doçaria tradicional japonesa de arroz, batata doce e abóbora. Experimenta o sushi e o sashimi, o peixe mais fresco das mais diversas formas. Experimenta a massa 100% trigo sarraceno, também bastante tradicional. Eles até têm uma marca de cerveja onde é tudo feito a partir do feijão e não malte ou cevada. Eu também ouvi falar de um hamburger de arroz (um hamburger com rissóis de arroz em vez de pão) que poderá ser comprado na loja de hamburguers Mosburger. Nunca tive oportunidade de experimentar.

Os restaurantes japoneses frequentemente mostram modelos dos pratos nas suas janelas. É engraçado e até sem falar uma palavra de Japonês, se consegue ter uma ideia de que tipo de comida eles servem nesse sítio.

As primeiras palavras relacionadas com comida que deves aprender são mugi = cereal, ko-mugi = trigo e oo-mugi = cevada. Centeio e aveia não são usados usualmente na cozinha japonesa. Aprender a reconhecer os símbolos ajuda na compra da comida nos supermercados.

As comidas que deves ter consciência da sua confecção são fundamentalmente os molhos, as massas e comida congelada/pré-feita é claro, mas também bebidas e sopas. Mesmo que os trabalhadores do restaurante compreendam que não podes comer farinha de trigo, eles podem não reparar que existe glúten até nos ingredientes comuns: sho-yu (molho de soja), mugi-miso (miso de cevada) e mugi-cha (chá de cevada).

Molho de soja (sho-yu) poderá ser usado em qualquer prato salgado e até doces no Japao, por isso tenha a certeza do que está a pedir se não pode comer. Pasta de miso é usada em sopas e em marinadas, e o miso pode ser feito de arroz (kome-miso) ou cevada (mugi-miso). O miso de arroz é o mais comum no Japão e permitido para os celíacos.

O chá feito de cevada (mugi-cha) é frequentemente servido nos restaurantes como uma bebida gratuita. Se lhe for servido qualquer bebida de cor castanha ou bege, seja quente ou fria, por favor tenha certeza que não é mugi-cha, eles irão trazer-lhe um chá verde ou água em substituição!

Os Japoneses falam um inglês bastante mau, mas normalmente eles compreendem se falares devagar, ou melhor ainda quando escreves em inglês num papel. Mas eu tenho receio que palavras como celíaco, trigo e intolerância sejam bastante difíceis para um japonês sem especiais aptidões no inglês. Tem sempre contigo a explicação da tua doença traduzida para japonês.

Podes dizer que tens doença celíaca, dizendo alergia ao trigo “Ko-mugi arerugii” ou alergia a cereal “mugi arerugii” (sim, a palavra para alergia é a pronuncia em japonês da palavra em inglês!)

Se não tens uma língua em comum, o gesto mais conveniente que toda a gente compreende é cruzar (fazendo um X) os dedos ou as mãos – isto significa “não” ou “proibido”. Comunicando com as mãos poderás escolher o que queres comer do menu! Simplesmente mostra o que desejas comer e mostra a explicação traduzida da tua dieta.

Para te fazeres perceber, os restaurantes étnicos nas grandes cidades são o melhor para ter a tradução da doença celíaca em chinês e coreano também.

Diverte-te e tem uma maravilhosa estadia na terra de sonho das comidas deliciosas!"

08/05/2010

Encontro Nacional em Lagos – Parte III

Depois de um bom almoço e óptimo convívio, voltámos à Escola de Sta Maria, para as actividades da tarde.

À semelhança do que aconteceu na parte da manhã, enquanto os pais estavam a assistir a actividades planeadas especialmente para os adultos, a animação das crianças ficou a cargo da APC Jovem. Os adultos assistiram à sessão científica “Doença Celíaca – Etiopatologia e Tratamento”, pela Dra. Marta Amado, do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE e tiveram oportunidade de colocar questões e partilhar experiências. Este espaço para dúvidas é sempre muito importante para os sócios e no qual existe sempre muita participação. Foi também neste período que a dietista da APC, Rita Jorge, pôde esclarecer algumas dúvidas colocadas.

Em substituição da apresentação de contas da APC, referente ao ano de 2009, houve uma apresentação da APC Jovem, onde foi indicada a sua actual constituição e organização e quais os seus principais objectivos e projectos. Foi também aproveitada a oportunidade para apelar aos sócios que estejam disponíveis para participarem e colaborarem nos projectos que estão a ser desenvolvidos. Houve ainda oportunidade de participação das pessoas presentes, com dúvidas e sugestões.
Enquanto decorriam no interior da Escola estas sessões, no pátio exterior as crianças estavam activas e bem-dispostas a pintar, fazer jogos tradicionais e brincar livremente.

Para finalizar tivemos o habitual lanche sem glúten com comida levada pelos sócios, onde se pôde trocar receitas, dicas, experiências e desfrutar de um lanche tranquilo onde era permitido comer tudo o que estava na mesa.
Não podemos deixar de agradecer à Glutanime e à Schär, por estar presente e apoiar mais um EN, às alunas da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) – que se encontram a desenvolver um Projecto de Marketing para Restauração, com o apoio da APC (iremos brevemente desenvolver este assunto aqui no Sem Espiga), ao David e sua mãe Cristina, bem como à Câmara Municipal de Lagos e funcionárias da Escola pelo apoio à realização do EN, às demonstradoras da Bimby e claro a todos os sócios, familiares e amigos que tornaram mais um EN num evento a recordar!


Até ao próximo EN…

07/05/2010

Encontro Nacional de Lagos - Parte II


Para o almoço deslocámo-nos ao restaurante “O António”, que se situa junto à costa. Tendo o almoço decorrido no alpendre, era possível ter vista directa sobre o mar.

Tudo o que se encontrava sobre as mesas era permitido, mesmo o pão das entradas. No entanto, foi possível constatar a forma como as medidas para uma dieta isenta estão bem interiorizadas, ao ouvir uma menina dizer que não podia comer pão de restaurante até a mãe a informar de que daquele podia.

Começámos então por um arroz de marisco e tamboril, seguido de carne grelhada com batatas fritas e salada. Para a sobremesa podia optar-se entre torta de laranja, salada de frutas e pudim.

O almoço teve uma boa adesão por parte dos sócios e foi, como de resto é habitual, um bom espaço de convívio e de partilha de experiências.