29/06/2009

Questões sem glúten - análise


A questão sem glúten desta semana abordava uma das situações por vezes relatada entre celíacos acerca da coexistência de outras doenças para além da Doença Celíaca (DC). Desta forma, decidimos destacar as principais doenças associadas à DC para perceber como estas podiam estar presentes nos leitores celíacos que acompanham o nosso blogue.

Dos 37 votantes, destaca-se uma clara maioria (67%) que não é portadora de qualquer doença associada à DC, o que nos parece um sinal animador acerca da qualidade de vida do celíaco, que parece ter que acautelar-se "apenas" com a ausência de glúten ao longo da sua vida. Havendo uma ligação das doenças associadas à DC e a altura em que se chega ao diagnóstico desta, talvez esta percentagem se deva ao diagnóstico da DC numa fase precoce, logo a não existência de danos mais gravosos no estado de saúde.

Dentro do conjunto de doenças associadas à DC, aquelas que obtiveram uma percentagem assinalável (8%) foram a Dermatite Herpetitorme ou outra doença de pele, Depressão e Doença da Tiróide. Estes resultados vão ao encontro de alguns estudos que ligam estas doenças à DC. O destaque destas doenças relativamente às restantes, fez com que decidissemos abordá-las separadamente em posts futuros de forma a esclarecer melhor os leitores do blogue sobre as suas implicações.

Com percentagens residuais (2%) estiveram as opções Osteoporose, onde talvez fosse importante saber a idade do votante para compreender até que ponto estaria a associação a dever-se à DC ou a uma condição natural da faixa etária; Portador de várias doenças associadas à doença celíca, o que poderá indicar uma pessoa emque a DC tenha tido um diagnóstico mais tardio ou estivesse "mascarada" pelas outras doenças; Outra doença, infelizmente o votante não nos informou qual seria esta.
Sem qualquer voto estiveram Linfoma ou outra doença oncológica, Diabetes e Doença do aparelho reprodutor, incluindo infertilidade.


Esperamos mais uma vez o seu comentário de forma a completar a nossa abordagem e não se esqueça de votar na sondagem desta semana.

26/06/2009

Dá-se a palavra aos sócios...


A APC foi, há algumas semanas atrás, contactada via e-mail por uma leitora do “Sem Espiga” que sugeria que seria útil que os sócios pudessem opinar sobre os produtos a analisar, relativamente às suas partes por milhão de glúten.

Sabendo nós da importância das testagens e compreendendo que a segurança nos consumos é um ponto crucial para os celíacos pedimos aos nossos leitores que, através da forma de comentário, sugiram, até ao máximo de dois produtos por pessoa, produtos alimentares para testagem.

Em cada sugestão deverá ser incluído o nome do produto bem como a marca pretendida, isto é, será válida a opção “gostaria que testassem a farinha de milho da marca X” mas não será válida a opção “gostaria que testassem farinha de milho”. Reforçamos a ideia de que praticamente desde o início da APC, os testes analíticos ao teor de glúten nos alimentos têm sido uma das suas principais prioridades; contudo, devido a questões relacionadas com o fraco financiamento, a APC apenas consegue testar um leque restrito de produtos.

Como sabe pode aceder aos resultados das análises na área do sócio do portal da APC necessitando, para tal, do seu código de acesso que consiste apenas nos mesmos dígitos que o seu código postal. A divulgação das análises ocorre também na revista “SEM GLÚTEN”, de publicação quadrimestral, e que agora tem nova cara – agradecendo nós também a sua opinião a respeito deste ponto.

A palavra agora é sua…

APC Jovem

25/06/2009

No Glut - Calulu de peixe

A receita de hoje foi cedida por uma são-tomense.
O calulu de peixe é um prato tradicional de Angola e São Tomé e Príncipe. Em São Tomé tanto assume o lugar de refeição familiar habitual como é também servido em festas religiosas - distribuído junto às igrejas ou em casamentos e cerimónias fúnebres. É localmente considerado uma iguaria rica, adequada para ser oferecida a um forasteiro.*
Esta é uma das versões da receita de calulu de peixe.




INGREDIENTES

cebola
tomate
pau-pimenta
ossami
óleo de palma
maquiquê
quiabo
beringela
peixe fumado (por exemplo, garoupa)
farinha de mandioca

(adequar as quantidades ao gosto pessoal e ao número de pessoas a servir)

PREPARAÇÃO

Arranja-se e lava-se o peixe, e tempera-se com sal e limão. Corta-se o peixe em postas não muito finas.
Leva-se um tacho ao lume, com a cebola picada, o tomate sem peles nem sementes e picado, o pau-pimenta e o ossami. Coloca-se óleo de palma q.b. para refogar. Deixa-se ferver um pouco.
Adiciona-se água e a couve, o quiabo, o maquiquê e a beringela. Deixa-se cozer.
Quase no fim da cozedura acrescenta-se o peixe e um pouco de farinha de mandioca para engrossar.
Quem quiser pode acrescentar cominhos, malagueta ou folha mosquito.

Em vez do peixe fumado, pode usar-se frango, carne de porco fumada ou camarões.
O calulu normalmente é acompanhado de angu de banana, mas pode-se usar simplesmente arroz branco.


O pau-pimenta, o ossami, o maquiquê e a folha mosquito são produtos de São Tomé e Príncipe pouco comercializados em Portugal, mas podem ser encontrados em lojas de produtos africanos.


* In "Calulu", artigo da Wikipédia. A ilustração pertence ao mesmo artigo, e portanto pode não corresponder ao aspecto final da receita.



20/06/2009

Interesses Comuns



Há algumas semanas o “Sem Espiga” foi contactado, via e-mail, por uma doutoranda americana, Melissa Del-Colle, que está actualmente a realizar um estudo de investigação sobre o suporte social, a adesão ao tratamento e a qualidade de vida dos doentes celíacos e de outros doentes que padeçam de síndrome do colón irritável.

O pedido que nos foi endereçado consistia em que divulgássemos o questionário no “Sem Espiga” para que este pudesse chegar ao maior número de celíacos possível. As condições de preenchimento são que o celíaco (ou quem o suspeite ser) seja maior de 18 anos e esteja disponível para preencher o questionário, actividade que demorará cerca de 15 minutos. De realçar que a privacidade e o anonimato de todos quanto preencherem este questionário está 100% assegurada.

O questionário poderá ser preenchido através do link:
http://www.surveymonkey.com/s.aspx?sm=ymVNLDPAvNcTuEaoyVOqXw_3d_3d

Realçamos que os membros da APC jovem já preencheram o inquérito, confirmando assim a fidedignidade do mesmo. Gostaríamos de relembrar que, cada vez mais, vivemos na era da globalização em que as fronteiras se esbatem e a grande maioria dos interesses são comuns. Nos dias que correm é imperativo que saibamos que as descobertas realizadas em outros países ou continentes terão, seguramente, muitos benefícios para todos os celíacos a nível mundial.

A APC Jovem apela assim à sua participação. Não se esqueça de que todos juntos podemos fazer mais e melhor.

16/06/2009

NO GLUT - Especial Piquenique Porto

Um dos vários bolos que fizeram sucesso no Piquenique no Porto foi o Bolo de Fécula da Flor Gonçalves, que gentilmente nos cedeu a sua receita.


Bolo de Fécula

INGREDIENTES
12 ovos
500 g de açúcar
2 colheres de fermento
1 caixa de fécula de batata

PREPARAÇÃO
Separe bem as gemas das claras.
Bater as claras em castelo, juntar o açúcar e mexer. Adicionar as gemas e mexer bem. Juntar o fermento e a fécula ao preparado, mexendo bem.
Levar ao forno a 150º.

RECHEIO ou COBERTURA
3 gemas
Meio pacote de leite
2 colheres de farinha maizena
Levar ao lume e mexer sempre até engrossar.
Barrar o bolo com o creme no meio e cobrir o mesmo, enfeitando com coco.


Uma óptima receita de um bolo leve e fresco, para o Verão... Bom apetite.

NO GLUT - Especial Piquenique Lisboa

Desponibilizamos para todos os leitores do nosso blogue a receita do Bolo de Maçã e Canela com Creme, gentilmente cedida pela Carla Cardoso e que fez muito sucesso no piquenique em Oeiras nos festejos do Dia Nacional do Celíaco.





INGREDIENTES


Para a massa:
- 4 ovos;
- 150g de manteiga;
- 150g de açúcar;
- 200g de farinha.


Para as maçãs gratinadas:
- 4 maçãs cortadas aos pedaços com açúcar e canela q.b.


Para o creme:
- 3 ovos;
- 3 chávenas de leite (cerca de 3 dl ou aprox. 300g);
- 1/4 chávena de açúcar;
- 3/4 chávena de farinha (mix do El Corte Inglès - special line);
- 1 a 2 cascas de limão.


PREPARAÇÃO
Comece por gratinar as maçãs numa frigideira antiaderente com o açúcar e a canela até ficarem bem "molinhas". Reserve. Bata a manteiga com o açúcar, adicione os ovos e misture. Por fim junte a farinha e incorpore tudo. Coloque numa forma de bolo antiaderente sem buraco a massa dispondo da maior parte no fundo e barrando também com uma certa espessura as paredes desta à volta. Reserve. Prepare agora o creme colocando o leite a ferver com o limão. Entretanto misture os ovos com os restantes ingredientes. Quando o leite ferver adicione-o em fio. Leve a lume brando mexendo sempre até ferver e ganhar consistência. Coloque as maçãs espalhadas por cima da massa na forma e por cima deite o creme e alise. Vai a forno quente a cerca de 180º até cozer e ficar lourinho por cima!
Bon Apetit!!!

13/06/2009

Questões sem glúten - análise



©American Family Physician

Legenda: imagens A e B - intestino e vilosidades normais; imagens C e D - intestino com alterações e vilosidades atrofiadas, resultado típico de um doente celíaco.


Na sondagem desta semana sobre método de diagnóstico da doença celíaca utilizado para confirmar a existência da mesma a esmagadora maioria dos votantes (94%) escolheu a opção “Realização de biópsia”. O resultado confere com a literatura uma vez que a endoscopia com biópsia intestinal é considerada pela comunidade médica o método de diagnóstico padrão de confirmação da doença.

Este exame, por norma, é pedido quando há manifestação de sintomas típicos da doença celíaca (diarreia, anemia crónica por falta de ferro, fadiga, atraso no crescimento em crianças) e após a realização de análises sanguíneas à Gliadina, Ac., Transglutaminase Tecidular e Endomísio. O resultado dos testes se positivos aumenta a possibilidade de o indivíduo ser intolerante, alérgico ao glúten ou ter a doença celíaca.

Contudo é a biópsia - recolha de pequeníssimas amostras de tecido no intestino delgado - que irá permitir perceber se as vilosidades intestinais, a partir das quais absorvemos os nutrientes, foram afectadas pela ingestão de glúten. Nos indivíduos com doença celíaca as vilosidades intestinais estão atrofiadas, mas podem recuperar após alguns meses ou até dois anos de uma dieta isenta de glúten.

Este tipo de biópsia é realizado durante uma endoscopia digestiva alta consiste na introdução do endoscópio, um tubo flexível com uma câmara que transmite imagens para um monitor, na boca fazendo-o atravessar o esófago e o estômago até chegar ao duodeno - parte superior do intestino delgado - onde é feita a recolha de algumas amostras. Noutros países também é utilizada a endoscopia por cápsula sendo esta ingerida como se fosse um comprimido.

A endoscopia pode ser realizada apenas com anestesia local ou sedação e muito raramente tem complicações graves. No final do exame o gastrenterologista consegue dizer se detectou alterações sendo o resultado da biópsia entregue uma a duas semanas depois. É nesta altura que o diagnóstico inicial é ou não confirmado.

Houve ainda duas respostas alternativas “Unicamente baseado nos sintomas” e “Julga ser celíaco mas nunca contactou um médico”. Como os sintomas da doença celíaca podem ser confundidos com os de outras patologias - síndrome do intestino irritável, doença inflamatória do intestino e síndrome da fadiga crónica, entre outras - é aconselhável a realização de exames e acompanhamento médico devido às complicações associadas.

Uma dieta isenta de glúten melhora a saúde e bem-estar de pessoas que sofrem de problemas gastro-intestinais, não obstante dada a complexidade de cada doença ou síndrome é importante obter um diagnóstico correcto para saber exactamente quais os comportamentos necessários à manutenção de uma boa saúde e qualidade de vida.

07/06/2009

Celíaco? Sim! Alérgico ao glúten? Não, obrigado! – Alergia vs. Doença Celíaca


O sistema imunitário preserva a integridade do corpo humano face ao seu ambiente, tendo um papel primordial na defesa contra agentes infecciosos externos e internos. Funcionando como uma espécie de “linha de defesa”, é importante que a sua reacção seja controlada para que os “soldados” que a compõem não se virem contra a própria pessoa, prejudicando o indivíduo com reacções demasiado intensas.


Em algumas pessoas, o sistema imunitário pode desregular-se ou possuir alguma deficiência. Estas situações tornam o indivíduo muito vulnerável a infecções ou conduzem a reacções violentas contra elementos do ambiente normalmente tolerados. Estas reacções violentas podem ser essencialmente de dois tipos: alergias ou doenças auto-imunes, que não são, de forma alguma, a mesma coisa.


A alergia é a resposta do corpo a um alergénio, que não é mais do que qualquer substância inofensiva, presente no ambiente, que se comporta como um antigénio (estimula uma resposta imunitária específica) para algumas pessoas.


Na 1ª exposição a um alergénio o sistema imunitário fica sensível ao alergénio mas não provoca reacção. Nas posteriores exposições, ocorre uma reacção alérgica que pode ir de uma erupção cutânea a diversos problemas respiratórios. Alergia pode então definir-se como uma resposta exagerada do sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo, ou seja, uma hipersensibilidade imunitária a um estímulo externo ou interno específico. As reacções alérgicas podem manifestar-se de imediato, havendo um tipo mais frequente chamado choque anafilático (potencialmente fatal), ou num período mais prolongado, após o contacto com o alergénio.

No caso das doenças auto-imunes, grupo em que se engloba a doença celíaca, estas resultam de uma reacção de hipersensibilidade do sistema imunitário contra antigénios próprios, isto é, cada pessoa possui antigénios próprios e, ao mesmo tempo, linfócitos (principais efectores da imunidade celular) com tolerância própria para estes antigénios.


No nosso caso, e de todos os celíacos, existe um “desajuste” entre os linfócitos e os antigénios, isto é, não existe tolerância dos linfócitos para com os antigénios. No caso de um indivíduo normal estes linfócitos sem tolerância seriam destruídos ou ficariam inactivos mas, no caso de um celíaco, o organismo fica a produzir os anticorpos e os linfócitos sensibilizados contra os seus próprios tecidos, daí a vulgar expressão “o corpo ataca o corpo”. No nosso caso concreto os linfócitos ficam sensibilizados (intolerantes) contra os tecidos constituintes das vilosidades intestinais provocando a sua lesão. É geralmente um processo gradual e é também por isso que, mesmo que um celíaco ingira um alimento com glúten, não experimenta reacção a curto prazo, contudo, a longo prazo terá graves consequências (repare-se que uma quantidade quase insignificante de glúten fará disparar a produção de antigénios ao que os linfócitos, sensíveis – intolerantes - a estes, responderão com o processo de “ataque” aos tecidos da mucosa intestinal, iniciando-se todo o processo característico da destruição auto-imune).

Gostariamos, para finalizar este extenso texto, que nos revelasse o seu feedback indicando se o texto foi útil, se efectivamente o esclareceu e se pensa que a divulgação científica deverá continuar a fazer parte dos objectivos da APC Jovem. Obrigada.

Carmen G.

05/06/2009

Comemorações Dia Nacional do Celíaco - Porto

A APC Jovem organizou no passado domingo no Porto um piquenique no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Celíaco, tal como anunciado aqui no blogue.


O ponto de encontro era o Castelo do Queijo, e à hora marcada era possível encontrar os elementos da delegação Norte e a sua cartolina amarela com a indicação "APC Jovem", sob o sol inclemente do passado fim-de-semana. Reunidos os participantes, partimos à procura de um cenário à sombra para o nosso piquenique no Parque da Cidade.


Encontrámos lugar debaixo de árvores, estendemos as nossas toalhas e as nossas delícias gastronómicas. Os elementos da delegação apresentaram-se formalmente, descreveram os objectivos do grupo e convidaram cada participante a apresentar-se e a falar da sua experiência. Foi assim que começámos a partilhar as nossas histórias perante todos, trocando experiência e informações, conhecendo-nos.

As conversas continuaram durante todo o resto do piquenique, enquanto os miúdos desafiavam a Virgínia num disputadíssimo jogo de Pictionary.

Chegando o final da tarde, os participantes foram partido, expressando o seu contentamento e a vontade de que haja novas actividades, no Porto e em outros locais da região.

Fica aqui o nosso forte agradecimento aos celíacos, aos seus familiares e aos seus amigos que fizeram deste piquenique um encontro muito agradável e promissor de cooperação para uma melhor qualidade de vida para todos.

04/06/2009

Comemorações Dia Nacional do Celíaco - Lisboa




Na tarde do último sábado decorreram parte das comemorações do Dia Nacional do Celíaco, sendo assinalada a data pela APC Jovem com um saudável piquenique "sem glúten" no Parque dos Poetas em Oeiras.

Desde já agradecemos aos celíacos, familiares e amigos que desafiaram o intenso calor e com a sua energia, alegria e disponibilidade tornaram os momentos de convívio bastante agradáveis.

Cedo atacámos as poucas sombras disponíveis de forma a estender as nossas mantas e reservar o adequado espaço para os convidados que esperávamos. Estes foram chegando e entrando nas conversas que entretanto de forma espontânea foram surgindo. Dentro destas, comentou-se a beleza do espaço, o calor intenso e conheceram-se melhor os celíacos presentes. Percebeu-se que independente das idades destes e da data do diagnóstico as dificuldades são similares. Nestas, ainda surge em destaque o desconhecimento da sociedade sobre a DC e o que tudo isto acarreta na vida do celíaco, reflectindo-se em momentos difíceis com a restante família, na escola, trabalho, restaurantes, viagens, serviços médicos, etc. Com a presença reduzida de crianças, estas ainda puderam gastar as suas energias nos jogos com bola.




Entre conversa, música, jogos de cartas e algum descanso à sombra, houve espaço ainda para provar as iguarias que os participantes trouxeram. Esta foi uma excelente oportunidade para disfrutar de uma grande variedade de alimentação sem glúten, o que é sempre de assinalar, já que não acontesse assim com tanta frequência!

No final da tarde, saímos satisfeitos de mais um convívio e com a convicção reforçada da importância destes momentos para o conhecimento de outras pessoas com esta nossa "característica", para aprendizagem de estratégias aplicáveis aos problemas que surgem aos celíacos no dia-a-dia e como forma de perceber onde deverá incidir o trabalho da APC para melhorar a qualidade de vida daqueles que representa.

Estejam atentos às iniciativas da APC Jovem porque esforçamo-nos para que cada vez mais surjam com uma maior frequência e com uma melhor oferta.

01/06/2009

Questões sem glúten - análise




Nos últimos anos os produtos sem glúten sofreram uma evolução positiva em termos da sua diversidade e qualidade: novos produtos, novos sabores, diferentes tipos de pão e de farinhas e refeições pré-preparadas.

A questão "sem glúten" sobre a gama de produtos disponível no mercado teve 34 votantes. 50% destes consideram-na "Razoável", 32% consideram-na "Boa" e 17% pensam que ela é "Má."

Primeiro ponto, o que explica que os votantes se dividam entre estas três percepções?

Um factor importante será a acessibilidade aos produtos sem glúten, que difere de região para região, dos meios urbanos para os rurais e de acordo com a condição económica e mesmo a informação de que se dispõe sobre os pontos de venda. Celíacos do mesmo país não têm acesso aos mesmos produtos.

Outro factor será que critérios cada um utiliza para ponderar a qualidade dos produtos que encontra. Alguns pensarão que fazem falta outros sabores e texturas para além dos mais tradicionais; para esses provavelmente o cacau e a bolacha já não têm o encanto de outrora, e navegar (para outros paladares) é preciso. Também se pensará na possibilidade de transportar os alimentos, na facilidade em conservá-los durante esse transporte, ou conservá-los depois de aberta a embalagem, etc.. A quem estiver a ler este texto decerto ocorrerão mais características a ter em conta.

Segundo ponto... e afinal, os produtos são bons ou não?

82% dos votantes responderam que a gama é "Boa" ou "Razoável", o que sugere que para estes 82% os produtos actuais são minimamente satisfatórios, respondem às necessidades básicas, têm um gosto aceitável, variedade...

Contudo, para 67% dos votantes, que responderam "Razoável" ou "Má", há que melhorar o mercado sem glúten actual. Provavelmente considerarão necessário introduzir novas soluções alimentares, expandir o número de alternativas sem glúten aos produtos com glúten mais correntes, tornar os alimentos sem glúten das lojas tão adaptados a nós como os que preparamos em casa.

Dê a sua opinião e vote na questão "sem glúten" semanal!