29/11/2008

Encontro de Natal

Imagem retirada de: http://livroportuguessemgluten.blogspot.com/


O grupo de jovens da APC vai fazer a sua apresentação aos sócios, pela primeira vez, dia 6 de Dezembro, no Encontro de Natal, a realizar no Auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico de Leiria, localizado na Rua General Norton de Matos.

O encontro tem início às 15h, começando com o lançamento do livro 100% Sem Glúten – Receitas para uma alimentação saudável, de Alexandra Gameiro, seguido de uma sessão de autógrafos. Em seguida será realizada uma apresentação da Dr.ª Marina Pité, intitulada Glúten – dos conceitos ao trabalho no INSA. Para as 16:40h está prevista a discussão do plano de actividades e orçamento para 2009, no âmbito da Assembleia Geral Ordinária.

Como iniciativa do grupo de jovens, vai ser sorteado um cabaz de Natal, composto por produtos isentos de glúten e por um livro oferecido pela autora Alexandra Gameiro, para o qual vão ser vendidas rifas. Todas as receitas revertem a favor da APC, pelo que pedimos a contribuição de todos os sócios e também não-sócios presentes no encontro.

Há ainda a possibilidade da participação da tuna “Tunos de Leiria” no evento, a qual ainda não está confirmada. Por fim, haverá um lanche sem glúten, como é tradição dos encontros da APC.

Podem consultar o percurso, com início na sede da APC, aqui:
http://maps.google.pt/maps?f=d&saddr=Ameixoeira,+Lisboa,+Portugal&daddr=Rua+General+Norton+de+Matos,+Leiria,+Portugal&hl=pt-PT&geocode=&mra=ls&sll=39.399872,-8.224454&sspn=11.572837,19.6875&g=portugal&ie=UTF8&z=9

A presença de todos é bem vinda, por isso não faltem!
Vanessa D.

27/11/2008

Sabia que…



Sendo este um espaço de partilha, achámos que seria útil publicar algumas informações que, apesar de algumas pessoas já terem conhecimento, podem não estar disponíveis a todos.

Assim queríamos divulgar o nosso direito enquanto celíacos, da isenção de pagamento de taxas moderadoras no Serviço Nacional de Saúde. No Portal da Saúde (
http://www.portaldasaude.pt/Portal/) vem referido que “Beneficiários de abono complementar a crianças e jovens deficientes” estão isentos do pagamento destas taxas.

Esta informação leva-nos a um outro direito dos doentes celíacos menores de 24 anos ou que não estejam a trabalhar e façam parte do grupo etário referido: receber o abono complementar por deficiência (embora a DC não seja uma deficiência nem os celíacos deficientes, como sabemos e sentimos, é esta a designação utilizada).

Certamente haverá outras formas de chegar até estes benefícios mas no meu caso o médico que me acompanhava passou uma declaração a dizer que eu era doente celíaca e entreguei a declaração na Segurança Social.

Relativamente à isenção, foi “caída do céu” pois apareceu-me uma carta em casa a dizer que tinha direito a ela, bastava apresentar aquele papel e ir ao Centro de Saúde para entregar o cartão antigo a fim de receber um novo (depois tive imenso tempo só com o papel, até chegar o cartão com o símbolo de isenção, mas não me posso queixar…).

Se ainda não está abrangido por estes benefícios é melhor informar-se com o seu médico ou procurar mais informação no Portal da Saúde ou no site da Segurança Social (
http://www2.seg-social.pt/), por exemplo. Muitas vezes os próprios médicos não estão informados acerca destas possibilidades mas tente informar-se pois temos direito de acesso a elas.

Daniela B.

25/11/2008

Noglut

Um pouco na sequência do post anterior, onde foram referidas as dificuldades para encontrar um pão com gosto e textura semelhante ao pão com glúten, pareceu-nos oportuno publicar esta receita que, segundo as nossas papilas gustativas, é aquela que mais se assemelha à do pão "original".

Já a receita, de originial tem muito pouco uma vez que é aquela que está descrita na parte posterior da embalagem da farinha mixB da Schar, apenas com algumas alterações.

Eu, que escrevo este post, fui diagnosticada depois de ter passado 18 anos da minha vida a comer pão de trigo e, a receita que aqui apresento, é a única que verdadeiramente me agrada! Chega de pão de esferovite, fica aqui o Santo Graal dos celíacos! =)





Ingredientes:

- 500g de farinha MixB da Schar,
- 1 colher de chá de sal,
- 10g de fermento seco ou 15 gramas de fermento fresco,
- 6g de óleo (mais ou menos uma colher mal medida),
- 500ml de água morna,
- margarina para untar a forma,
- pão ralado sem gluten para polvilhar a forma (e fazer uma côdea estaladiça).



Preparação:

Misturar bem a farinha com o fermento juntando, em seguida, o óleo, o sal e a água. Misturar os ingredientes até obter uma massa homogénea (eu mistura à mão mas este aspecto terá que ficar ao critério de cada um). Colocar a massa numa forma previamente untada com margarina e polvilhada com pão ralado sem gluten, alisando a superfície. Cobrir com um pano húmido e deixar levedar num lugar quente, até que a massa atinja o dobro do volume.

Aquecer previamente o forno a 200ºC e colocar um recipiente com resistência ao calor, com água, na prateleira inferior do forno. Quando alcançada a temperatura pretendida, colocar a forma no forno e deixar cozer durante 50minutos. Não abrir a porta do forno enquanto o pão estiver a cozer.

Esperar que arrefeça antes de fatiar.

Bom apetite!

Carmen G.

23/11/2008

Se(r)líaco - Cláudia (Braga)




Despensa do pequeno celíaco


Quando me pediram para escrever sobre como é ser mãe de uma “criança celíaca”, enfrentei a folha de papel branco sem saber o que escrever porque raramente penso no meu filho de dois anos e meio nesses termos. As preocupações diárias estão sempre presentes, mas sempre bem geridas.
Para mim e para o Pai, o diagnóstico foi a luz ao fundo do túnel. Apesar de terem passado “apenas” quatro meses entre o aparecimento dos primeiros sintomas e a detecção da doença celíaca, foi um período de angústia e luta com a sua pediatra que via no Lucas nada mais do que um menino muito dado a viroses (infelizmente, a comunidade médica não conhece bem esta doença).
Por pressão nossa, os exames foram feitos e a sentença dada. Cansados das incertezas e do sofrimento dos filhos, alívio é, por certo, o sentimento que todos os pais sentem quando são confrontados com este diagnóstico. Quando a médica especialista me ligou com o resultado da biópsia teve o cuidado de me dizer que eram boas notícias e tinha razão. Aparentemente, o Lucas deixava de comer pão, bolos e massas e a sua saúde iria regressar, sem mais medicamentos ou exames.
O dia-a-dia do pós-diagnóstico revelou-se um pouco mais complicado do que esperado quando comecei a pesquisar e vi todos os alimentos que lhe estariam vetados. Para além disso, existia o perigo da contaminação cruzada. Até a aparentemente inócua plasticina poderia ser um perigo nas pequenas mãos do meu menino.
Os primeiros produtos sem glúten que comprámos revelaram-se caros e hipercalóricos, a massa uma decepção, o pão intragável. Aí o coração de mãe começou a bater mais depressa: o que é que ele vai comer? Como será na creche? E nos restaurantes? E as festas de aniversário dos amiguinhos? Eventualmente aprendemos a contornar estas pedras no caminho sem glúten.
O pessoal da creche ficou tão contente de o ver recuperar que fizeram tudo como lhes expliquei de modo a garantir uma alimentação segura para o Lucas. Os restaurantes evitam-se e quando não se consegue, uma conversa simpática com o empregado resolve a situação. Para as festinhas, leva-se um “farnel sem glúten” e o Lucas, na sua inocência, nem se apercebe da diferença. Mais tarde saberá e espero que aprenda a viver com isso, mas nestes sete meses que passaram desde o diagnóstico, a dieta sem glúten deixou de ser o bicho-papão que parecia e tornou-se quase numa segunda natureza.
Neste preciso momento, o único desafio é encontrar uma receita de pão que lhe agrade, estando a máquina do pão lá de casa a trabalhar em laboração contínua, fornada atrás de fornada, misturando quinoa, fécula de batata, farinha maizena e goma xantana, à procura do Santo Graal dos celíacos, um pão que não saiba a cartão.
Apesar de viver diariamente com as exigências de uma dieta sem glúten, vejo o meu filho apenas como uma criança saudável que gosta de brincar e rir como as outras, e que só difere na alimentação que faz. Quando for ele a lidar conscientemente com a sua doença, terá talvez os seus momentos de frustração, os momentos em que pensará que é diferente dos outros, os momentos em que deixará de cumprir a dieta porque não se lembra do mal que passou.

É essa a minha maior preocupação: o surgimento da doença tão precocemente não lhe dará as lembranças necessárias para querer evitar o glúten a todo o custo. Para ele, a única prova palpável da sua doença será o relatório da biópsia a que foi submetido.

Assim, o principal desafio que nós, pais, temos é mentalizá-lo de que as bolachinhas do Afonso ou o pão-de-leite da Lara “fazem dói-dói à barriguinha do Lucas” enquanto lhe damos alternativas igualmente saborosas e que o ajudarão a crescer muito e bem.

21/11/2008

Jantar de Natal

O APC jovens tem o prazer de convidar todos os jovens celíacos e participantes do nosso blog para um Jantar de Natal a realizar-se no dia 12 de Dezembro, pelas 21 horas, no Restaurante Moinho Alentejano. O restaurante pertence a Helena e Ângelo Pereira, pais de uma jovem celíaca, pelo qual garantimos a segurança dos alimentos.

Agradecíamos que confirmassem o mais cedo possível, através de um e-mail para semespiga@gmail.com.
Para o jantar cada participante deverá levar um presente surpresa, no valor máximo de 5€, para que, no final, seja realizada uma pequena troca de prendas.


Restaurante Moinho Alentejano
Rua José Martins Vieira, 2-B, Almada
R.S.F.F. (até 8 de Dezembro)

Ricardo S.

19/11/2008

NOGLUT...

Mais uma receitinha ;)



Bolo de azeite e mel
Ingredientes:Ø 200 g de açúcar
Ø 200 g de farinha (cerca de 150g de farinha de milho e 50g de Maizena)
Ø 1 colher de chá de fermento
Ø 4 ovos
Ø 2 dl de azeite
Ø 2 dl de mel mal medidos
Ø 1 colher de café de erva-doce moída
Ø 1 colher de café de canela em pó

Preparação:
Deita-se numa tigela o açúcar, o mel, o azeite e os ovos. Depois de se ter batido muito bem, juntam-se a erva-doce, a canela e por fim a farinha, batendo sempre. Vai ao forno a cozer em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha, cerca de quarenta minutos.






Boas receitas!!





Daniela B.

17/11/2008

Notícias...

Clicar no mapa para ver em grande

Todos os celíacos do Alentejo conhecem as dificuldades inerentes à aquisição de produtos sem glúten. Nós, os jovens celíacos da APC, também as conhecemos e, por isso, em conjunto com a associação, temos procurado criar algumas condições para que o acesso aos produtos isentos de glúten seja mais fácil.


É com muito agrado que informamos que demos o nosso primeiro passo. Assim, o Espaço Saúde, situado na Avenida da República n.º114, em frente ao restaurante “O Pastor”, em Vendas Novas (distrito de Évora), aderiu à causa celíaca e, a partir de agora, é possível a aquisição de todos os produtos da marca Shär, com desconto de 5% sempre que apresentado o cartão de sócio da APC.


O contacto do “Espaço Saúde” é 265805072 e este estabelecimento aceita encomendas!

Boas compras!
Carmen G.

16/11/2008

Ce(r)líaco

Decorria um quente dia de Julho quando eu, uma miúda feliz que comia hambúrgueres, pizzas e gelados à discrição, descobri que era celíaca. Pergunta: “O que é isso?”. Até aí, glúten para mim era apenas uma palavra na caixa da Cerelac!

Voltando um pouco atrás, há já alguns meses que eu tinha sintomas, ficava muito enfartada depois de cada refeição, demorava horas a fazer a digestão e raramente tinha fome. Apesar de nunca ter deixado de comer, fui perdendo peso, mas mesmo assim não prestei muita atenção. Estava a tomar comprimidos para a circulação (para tentar evitar o mal das frieiras que se abate sobre mim todos os Invernos!), os quais têm como efeito secundário o enfartamento. Pensei que estava explicado.

Um dia, fartei-me de andar assim e fui ao médico. A médica que me viu disse que eu podia ter uma gastrite ou uma úlcera e mandou-me fazer uma endoscopia para confirmar.Passados uns dias, lá estava eu no hospital, à espera do bom do exame e com os nervos à flor da pele. Valeu-me o apoio da minha mãe, que sempre me ajudou e apoiou na vida, e que, naquele dia, fez o seu melhor para me animar, quando também ela estava preocupada.

E foi este o dia em que ouvi pela primeira vez as palavras “Doença Celíaca”, pois tinha sido esse o diagnóstico feito pela Dra. Cristina Lobato, faltava apenas confirmar com o resultado da biopsia.A Dra. Cristina falou-me da APC e deu-me o contacto de outra das suas pacientes, que também era celíaca e que me podia ajudar. E não é que encontrei mesmo uma rapariga simpática que logo se prontificou a dar-me dicas úteis? (Não é, Carmen?!)

Esse ano de 2007 foi também o ano em que entrei para a faculdade e tive de aprender a gerir a vida de universitária com uma dieta isenta de glúten, o que até não se revelou tão difícil como eu pensava. Passei a levar almoço quando tenho de almoçar na faculdade e para onde quer que vá, levo sempre um pacote de bolachas comigo. Descobri que existem coisas sem glúten bastante saborosas!

Agora, as minhas amigas já estão habituadas ao meu comer “diferente”, apesar de haver ainda pessoas que pensam que eu só como refeições de dieta e bolachas secas. Faço o meu melhor para as informar e riu-me do assunto.Em casa, tenho um armário exclusivo para os meus produtos e a minha mãe continua a fazer a “comidinha” que eu gosto, bastando um pequeno ajuste de receitas.

Apesar de estar privada de algumas coisas, a vida como celíaca não é assim tão má. De facto, o maior passo a dar, e provavelmente o mais difícil, é levar a sociedade a conhecer e a aceitar esta nossa condição de celíacos, para que não sejamos vistos como uma pequena franja da população que sofre de uma doença pouco conhecida e “esquisita”.
Vanessa D.

12/11/2008

NOGLUT...

Mais uma receita que esperamos faça as delícias...

Lasanha “à la mãe”

Ingredientes

- 1 pacote de massa de Lasanha
- Refogado
Cerca de 750g de carne picada
1 cebola
3 dentes de alho
Sal q.b.
Azeite q.b.
Vinho q.b.
- Molho Bechamel
1 colher de sopa de margarina
1 colher de sopa (bem cheia) de farinha Maizena
1 chávena de leite quente
1 pacote de natas
Sumo de metade de um limão
Sal q.b.


Preparação
Refogar tudo em cru, até a carne cozer.

Molho Bechamel
Derrete-se a margarina, coloca-se a farinha e junta-se o leite bem quente, mexendo sempre para não encaroçar. Deixa-se ferver um bocadinho, põe-se o sal (fino), junta-se as natas e o sumo do limão. Deixa-se ferver mais um bocadinho.
Nota: se a farinha encaroçar, passar com a varinha mágica.

Num tacho de água a ferver com sal, colocar a massa 4 a 5 minutos a cozer.

Num tabuleiro, colocar uma camada de massa e de carne (e se gostar, uma fatia de queijo). E assim sucessivamente.
Por fim colocar o molho Bechamel e, se gostar, queijo ralado.
Levar ao forno ou microondas para tostar.


Dicas e truques são sempre bem-vindos ;)


Bom apetite!!


Daniela B.

09/11/2008

Curiosidades

Para começar da melhor maneira a semana, o mais fino humor sem glúten.
Para ver ou rever, o excerto do programa "Zé Carlos " dos Gato Fedorento, onde a doença celíaca assume protagonismo!




Boa semana!

04/11/2008

Pão de Forma (1 Kg)


Receita actualizada a 22/04/09



Tempo de preparação: 15 min.
Tempo de cozedura: 30-40 min.


Ingredientes

leite, a quantidade necessária
50g de levedura fresca
10g de sal
1 colher de sopa de açúcar
200g de amido de milho (maizena)
200g de polvilho azedo
150g de leite em pó
1 ovo
6 colheres de sopa de óleo


Preparação

Aqueça o leite (no máximo até 40º), junte a levedura, o sal e o açúcar e deixe espumar. Misture o amido de milho, o polvilho azedo e o leite em pó. Junte aos ingredientes secos o ovo, o óleo e a espuma que se formou com a levedura.


Misture tudo até ficar com uma massa semi-espessa que dê para bater com uma colher. Deite a massa numa forma (de preferência com tampa) previamente untada, envolva-a com papel aderente e cubra com um pano. Guarde num local sem correntes de ar durante 20-25 min.
Depois de a massa levedar (quando faltar um dedo, a dedo e meio, para chegar ao topo da forma) coza-a entre 105º e 130º durante 30-40 min.