Depois de umas retemperadoras férias, estamos de volta à actualização do nosso blogue com motivação renovada para melhor informar a comunidade celíaca que nos lê.
Pretendendo dar continuação à questão “sem glúten” semanal, apresentamos o nosso comentário à última. Perguntámos então como os nossos leitores convivem com a doença celíaca (DC).
Num total de 31 votantes, constatamos que as respostas menos positivas tiveram uma menor percentagem. Assim com apenas 3% estiveram as respostas “vê-se como uma pessoa doente e bastante limitada” e “vê-se como alguém que vai ser sempre doente”. Dependendo de vários factores como a idade com que surge o diagnóstico, grau da informação sobre a doença, personalidade, entre outros, a DC pode ter um peso “demasiado” negativo na vida da pessoa. Mas estas percentagens parecem corresponder à realidade que observamos no dia-a-dia, pois a DC pode “sofrer” do estigma de ser uma doença com tudo o que menos bom isso acarreta. Mas relembramos sempre que o seu controlo passa “apenas” pelo cumprimento de uma dieta, não necessitando de medicamentos ou qualquer outra terapêutica agressiva. Para muitos é mais uma condição de vida, algo que tem que ser encarado com responsabilidade mas que não deve ser impeditivo de um modo de vida normal.
Esta forma de encarar a DC parece estar ligada às percentagens mais elevadas. Desta forma, com 32% dos votos esteve a opção “Sente-se saudável, sem défices físicos ou psicológicos” e com 45% “Chega a esquecer-se que tem uma doença crónica”. Esta última opção, não pode ser observada como um desleixo em relação à DC mas uma perfeita adaptação às suas contigências, que faz com que a normalidade em todo o comportamento seja a exclusão do glúten, logo a percepção de ausência de doença.
Com uma assinalável percentagem (32%) esteve a opção “sente-se diferente das outras pessoas”. Esta opção poderá ter um significado ambíguo, pois pode haver pessoas para as quais a diferença é algo positivo, já que a pessoa pode valorizar dessa forma a diferença, sendo que para outras tem uma carga mais negativa e é factor de exclusão ou isolamento entre outras coisas com as correspondentes consequências psicológicas.
O que acha? O ser celíaco, o ser diferente, o ser igual…será mesmo assim? Partilhe o seu ponto de vista!
Não se esqueça de votar na questão semanal.
1 comentário:
Foi-me diagnosticada a doença celíaca ainda em pequena, de forma que estou perfeitamente adaptada. Não digo que às vezes seja um pouco complicado até porque, sendo uma adolescente, tenho o mesmo “problema” que o Diogo: ter de levar a minha comida para todo o lado. Cheguei mesmo a desistir de um intercâmbio por não saber como faria para cumprir a dieta, estando noutro país.
Às vezes também tenho a tentação de comer uma waffle de chocolate ou mesmo uma bola de berlim visto que nunca experimentei. Outras vezes não me sinto confortável por comer fora com os amigos já que eles em vez de comerem o que realmente lhes apetece, fazem-me companhia num bife com batatas fritas.
Apesar disto não me vejo (de todo) como uma pessoa limitada até porque são criados cada vez mais alimentos sem glúten e há também cada vez mais informação.
Agora um aparte.. Vinha em busca de bebidas alcoólicas sem glúten (começa agora a fase das saídas) mas descobri muito mais do que isso. Desde a existência de um dia mundial desta doença até às inúmeras reuniões de pessoas celíacas (como o Summer Camp). Parabéns pelo blog, a sério!
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