28/05/2009

O exemplo de Peter Benenson


Peter Benenson (1921-2005) foi o fundador da Amnistia Internacional. Nascido em Inglaterra, frequentou Eton e estudou História em Oxford.

Com 16 anos lançou a primeira campanha: encontrar apoios, durante a Guerra Civil de Espanha, para uma organização que ajudava os órfãos de guerra filhos de Republicanos. A sua campanha seguinte foi para ajudar os Judeus que fugiam da Alemanha nazi, e conseguiu juntar 4.000 libras para trazer dois jovens judeus alemães para o Reino Unido. Após deixar Eton, ajudou a sua mãe a encontrar lares em vários países para as crianças refugiadas que chegavem a Londres.

Depois de se graduar em Oxford, Peter entrou para o exército britânico, onde estudou Direito. Deixou o exército para praticar advocacia.

Em 1961, enquanto lia o jornal no metro de Londres, indignou-se com a história de dois estudantes portugueses que foram condenados a 7 anos de prisão por brindarem à Liberdade. Peter escreveu um artigo de primeira página intitulado Os Prisioneiros Esquecidos (The Forgotten Prisoners) no jornal The Observer, procurando mobilizar a opinião pública. Até então nunca se tinha tentado um apelo em prol dos Direitos Humanos em tão grande escala.

A resposta foi esmagadora. Nos anos que se seguiram a Amnistia Internacional cresceu até se tornar uma importante organização mundial de defesa dos Direitos Humanos.

Peter Benenson era celíaco. Juntamente com Elizabeth Segall, mãe de uma criança celíaca, fundou em 1968 a Coeliac UK, com o objectivo de divulgar a doença celíaca e estimular o seu estudo. A Coeliac UK é hoje uma instituição dinâmica que participou em vários projectos de investigação científica e clínica sobre doença celíaca.

Peter Benenson contribuiu para a existência e a influência actual das ONG, grupos de voluntários e campanhas públicas, que hoje podemos dar por adquiridos.

Ser celíaco não o impediu de dar um contributo importantíssimo para o Mundo contemporâneo e ganhar o seu lugar na História.

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