31/03/2009

História(s) de uma Gincana



E com algum atraso lá se reuniram as crianças inscritas (e outras que entretanto apareceram) para iniciar a primeira actividade exclusivamente dedicada aos mais novos. Esperávamos 11 crianças para a parte da manhã mas, felizmente, o número subiu para 17. O intervalo de idades foi largo pelo que, a começar no Manuel e a terminar no André havia idades para todos os gostos.


Na hora de “alinhar as tropas” as crianças corresponderam e lá seguiram rumo ao pavilhão, enfrentando o desagradável vento que se fazia sentir em Vendas Novas. Aliás, as únicas reclamações dos mais novos prenderam-se com o frio pois, como que por milagre, nem uma única vez se ouviu a expressão “quero a minha mãe e o meu pai” (ouviu-se, contudo, um “o pai é meuuuu”, proferido pelo nosso Miguel, já na chegada à escola, mostrando claramente que compreende que há coisas que não se dividem e ponto final).

O nosso cortejo lá chegou ao pavilhão sem incidentes a registar. Já durante as actividades a conversa foi outra. Ficámos com uma Matilde com o nariz esfolado e assim a atirar para o negro, e com uma Joana com algumas esfoladelas. As medalhas de guerra fazem parte de ser criança e, por isso, as coisas seguiram a bom ritmo. As crianças gostaram dos arcos mágicos que o professor Nuno lhes mostrou, brincaram com bola e realizaram saltos prodigiosos no trampolim (de realçar que os saltos se tornaram mais prodigiosos à medida que elas começaram a perceber que se saltassem na parte elástica conseguiam realmente ganhar algum balanço).

Quando se começou a perceber que as crianças revelavam algum cansaço, decidiu-se que o ideal seria trazê-las para o ar livre. Voltámos então para a escola onde jogámos a alguns jogos “clássicos” como o lencinho, a lagarta e o macaquinho do chinês (devo confessar aqui que se viram os mais refinados tipos de batota, mas uma batota feita em condições, que isto uma criança celíaca não pode deixar os seus créditos por mãos alheias).

No final da manhã o nosso balanço era claramente positivo e, pelo menos, quando esta primeira parte terminou todas as crianças já se conheciam pelo nome e sabiam até quais eram celíacas e quais não eram (na verdade, neste aspecto, a contribuição do Renato foi deveras importante pois inquiriu junto de todos “olha lá, quando é que descobriste que és celíaco?”).

Pareceu-nos claramente que no final da manhã tínhamos um grupo de crianças felizes, cheias de energia (apesar da Frederica estar um pouco doente), e com vontade das actividades da tarde (até porque o David e o Ricardo gritavam “Peddy Paper” em alta voz). Isto foi o que nos pareceu mas precisamos de si para continuar, para ter certezas quanto aos sentimentos dos seus filhos. E para isso nada melhor que aproveitar a nossa caixa de comentários. Deixe as suas sugestões. Obrigada a todos, especialmente aos nossos meninos que participaram de manhã:


MANUEL. DIOGO. DUARTE. MIGUEL. JOÃO. JOANA. RAFAELA. RENATO. FRANCISCA. FREDERICA. MATILDE. MARIA. ANDRÉ. RICARDO. MARIANA. DAVID. DUARTE B.


* Clicar nas fotografias para ver maior.


Carmen G.

Encontro Nacional - Workshop

Ao longo desta semana, e porque o Encontro Nacional de sábado foi rico em actividades, serão publicados gradualmente registos dando notícia das diversas partes do mesmo.

Realizou-se da parte da manhã, e pela primeira vez, um workshop de cozinha sem glúten. O workshop, dado na óptica de “ensinar a pescar” ao invés de “dar o peixe” pelo pasteleiro Ricardo Silva, que tem vindo a desenvolver diversas receitas isentas de glúten, visava fornecer as bases para permitir tirar o melhor partido possível do potencial da massa de pão e da massa folhada que nos são permitidas.

O workshop começou com a apresentação do crescente, um processo que melhora a capacidade de fermentação das farinhas sem glúten tornando-as mais elásticas e evitando assim que o pão se quebre e esfarele. Foram apresentadas também várias outras técnicas de pastelaria, assim como as temperaturas de forno adequadas que permitem aperfeiçoar a qualidade das massas e folhar as mesmas.

O pasteleiro Ricardo indicou e ensinou a utilizar ainda alguns produtos naturais e de fácil acesso destinados a melhorar a cor do pão, dourando-o, e a fazer com que este adquira uma textura estaladiça, sem deixar de ficar fofo. Os participantes tiveram oportunidade de colocar questões e dúvidas que o pasteleiro Ricardo, mostrando-se sempre disponível, esclareceu.

Seguidamente foi elaborada a massa folhada dos pastéis de nata, processo que foi avidamente seguido pelos participantes que tiveram a oportunidade de colaborar na tarefa de forrar as formas com a massa ao mesmo tempo que trocavam experiências e impressões e que esclareciam algumas dúvidas então surgidas. Na sequência, foi preparado o creme que viria a encher as formas dos pastéis, processo durante o qual foram revelados os truques para obter um creme perfeito, sem grumos ou coágulos de ovo.

No que diz respeito ao pão, foi realizada uma versátil massa base que permite fazer diversos tipos de pão, desde o simples ao de hambúrguer passando pelo pão de frutos secos. O pasteleiro Ricardo falou ainda sobre as proporções indicadas de sal, açúcar, fermento e passas, e da sua função no processo de conseguir um pão de excelência sem glúten. Foi explicada também a técnica que permite fixar ao pão de hambúrguer as sementes de sésamo.

O feedback dos participantes foi óptimo, sendo que alguns se manifestaram até dispostos a abdicar do almoço para prolongar o workshop, embora não tenha havido necessidade disso uma vez que o pasteleiro Ricardo se disponibilizou para informalmente continuar o mesmo após o almoço. Assim todos puderam desfrutar do excelente almoço isento de glúten no restaurante “O Canto dos Sabores”.

27/03/2009

Questões sem glúten - Análise


Concluída a terceira sondagem semanal do Sem-Espiga, podemos apresentar uma análise dos resultados. Relativamente à pergunta “Qual a maior dificuldade de fazer uma dieta sem glúten?”, a grande maioria dos votantes, num universo de 39, indicou as refeições fora de casa, resposta que obteve 56% dos votos. A partir daqui podemos aferir que o receio face à contaminação nos restaurantes e refeitórios é grande, o que possivelmente leva a uma redução do número de refeições nestes locais.

Relacionada com esta opção, vem a preocupação com a contaminação, que obteve 10% dos votos. Uma boa hipótese é a de o celíaco andar sempre prevenido com uma merenda, para o caso de se encontrar num sítio onde não possa comer com segurança.

Com algum destaque está também a descodificação de rotulagens dúbias (15%), que ainda se revela um obstáculo à segurança alimentar dos celíacos. Aqui deve realçar-se o facto de muitas pessoas não estarem bem informadas sobre quais os ingredientes que podem constar na composição de um produto e que não podem ser consumidos. Esta é uma área em que tanto a APC como a APC Jovem têm desenvolvido trabalho, sendo importante continuar a apostar numa maior divulgação e informação.

Uma questão preocupante, pois talvez seja a mais difícil de solucionar, é a das constantes “tentações” (7%), a qual, sem querer generalizar, se manifesta principalmente na adolescência, altura em que o celíaco tende a ter curiosidade de experimentar os mesmo alimentos que os amigos comem. Na verdade, é natural que isto aconteça em qualquer idade, pois há produtos com óptimo aspecto e a preços mais acessíveis, mas o essencial é que se resista a estas tentações para evitar todos os efeitos prejudiciais que daí advêm.

Das opções apresentadas, as que menos se traduzem em dificuldades para os votantes são as receitas difíceis de adaptar (5%), o preço dos produtos (2%) e a variedade reduzida de produtos (2%). Este último problema prende-se possivelmente com a localização geográfica, visto que é nas grandes áreas de Lisboa e do Porto que há maior variedade de produtos, enquanto que nas áreas do interior e nas áreas rurais a quantidade de produtos disponíveis é mais reduzida.

Mais uma vez, é importante realçar que as conclusões a que estas sondagens nos permitem chegar não são passíveis de serem generalizadas, visto a amostra utilizada ser demasiado pequena para o efeito. Permite-nos, contudo, ter uma ideia mais detalhada em relação às características dos visitantes do nosso blog.

Obrigada por terem votado nesta sondagem! Continuem a fazê-lo, contribuindo assim para a dinamização do blog e para que possamos continuar a saber um pouco mais sobre esta condição que partilhamos.

25/03/2009

Bolo de Chocolate e Avelãs



Quem consegue resistir a um clássico? Uma sobremesa especial que ficará ainda melhor com a sua cobertura preferida e uma bola de gelado de nata. Para ficar no ponto polvilhe com avelã triturada.



Bolo de Chocolate e Avelãsreceita adaptada do livro Comer Bien Sin Gluten, de Michael Cox


Ingredientes
300g de chocolate negro partido aos pedaços
175g de manteiga cortada em pedaços
6 ovos médios, separados
115g de açúcar
125g de iogurte natural
250g de avelãs moídas (pode substituir por amêndoas)


Preparação
1. Pré-aqueça o forno a 180º.

2. Unte uma forma de 25 cm de diâmetro e cubra a base com papel vegetal.

3. Ponha 300g de chocolate numa taça média e derreta em banho maria. Depois do chocolate fundido adicione a manteiga, deixe derreter um pouco e mexa muito bem.

4. Bata as claras em castelo. Junte 1/4 das claras à mistura e vá envolvendo o restante pouco a pouco.

5. Deite a mistura na forma e leve ao forno por até que o bolo suba e fique firme ao tacto (cerca de 50 minutos).

6. Quando o bolo estiver frio passe uma espátula à volta do bolo para o separar do papel vegetal.


24/03/2009

Convite


Ultimamente o tempo tem passado rápido. Tão rápido que já estamos, quase sem dar por isso, na semana do nosso Encontro Nacional. É hora de acertar os últimos pormenores, verificar pequenas questões surgidas à última hora, começar a marcar o terreno para o peddy paper dos mais novos e tratar do material para o workshop dos mais crescidos.


Com tanta coisa em que pensar, não poderíamos, em momento algum, esquecer o “Sem Espiga”. E por isso reiteramos aqui os nossos votos para que apareça e traga a sua família. Ainda vai a tempo de participar em todas as actividades propostas.

Procurou-se que este Encontro Nacional trouxesse alguma inovação, fosse dinâmico e adaptado às necessidades reais da população que, no seu dia-a-dia, vive sem glúten. As inscrições decorreram a bom ritmo mas, fazendo jus à tradição portuguesa, “cabe sempre mais um…” E é também sabido que “onde cabe um, cabem dois ou três”... É que só com união conseguiremos ser fortes e enviar para o exterior a imagem de coesão que tanto necessitamos para que a causa celíaca passe a ser, efectivamente, uma causa de todos.

Este encontro será uma oportunidade única de convívio e foi pensado até ao mais ínfimo pormenor. Enquanto os mais velhos poderão melhorar e aprender alguns truques e receitas, os mais novos estarão a realizar actividades de grupo, que os farão perceber que não estão sozinhos… Afinal há muitos celíacos por ai!

Contamos consigo! Ainda vai a tempo!
Conte connosco! Estaremos em Vendas Novas para o receber!
APC Jovem

19/03/2009

Questões sem glúten - análise


Os resultados da sondagem semanal da APC Jovem já se encontram para análise. E à pergunta de qual a sintomatologia que levou à procura de ajuda médica, a resposta maioritária foi a dos sintomas gastrointestinais (55%), que se apresentou como a mais frequente no universo de votantes (36). De certa forma, vai ao encontro do esperado, já que são estes os principais sintomas da doença na sua fase mais "visível" e normalmente detectados na infância (como sustenta a anterior sondagem). Dentro deste grupo de sintomas destacam-se a diarreia, dor abdominal, distensão abdominal e úlceras na boca.

Posteriormente e com uma menor frequência, encontram-se quase a totalidade das outras opções, sendo que o atraso ou paragem no crescimento (19%) e os problemas dermatológicos (11%) ganham alguma vantagem sobre as restantes. No primeiro caso, a percentagem estará possivelmente associada mais uma vez ao diagnóstico numa fase mais nova da vida, e no segundo como resultado do défice de absorção, por atrofia das vilosidades intestinais, ao contacto com o glúten.

Sintomas como a perda acentuada de peso (5%), a anemia crónica de etologia desconhecida (5%) e cansaço crónico/depressão (2%), tiveram percentagens semelhantes, pois são um conjunto de sintomas que podem ser associados a um vasto leque de diagnósticos e muitas vezes presentes apenas na fase "silenciosa" da doença celíaca (DC) e que dificulta o seu diagnóstico. É, no entanto, de sublinhar a comprovação destes sintomas como associados à DC, dando para perceber a potencial abrangência da DC no funcionamento humano.

A opção "outros" não foi assinalada por nenhum dos votantes, o que indica que este conjunto de sintomas assinalados são os declaradamente associados à DC.

Mais uma vez obrigado aos votantes pela participação e a renovação do incentivo para que comentem o resultados e partilhem opiniões. Não se esqueçam de vontar na sondagem desta semana!

APC Jovem

14/03/2009

Novos Horizontes*


Actualmente o único tratamento para a doença celíaca consiste, como bem sabemos, numa dieta isenta de glúten durante toda a vida. Esta dieta nem sempre é fácil, sendo geralmente dispendiosa e dificultada pela variedade reduzida de opções – ainda que este ponto tenha melhorado nos últimos anos.

Com o avançar da ciência novos horizontes têm sido abertos, sendo as hipóteses actualmente mais próximas de efectivação a vacina, que curaria (ao contrário da maior das vacinas que apenas previne) a DC, e os comprimidos que permitiriam que o celíaco pudesse ingerir glúten sem uma resposta negativa do seu organismo.

Relativamente à vacina, esta vem sendo desenvolvida por uma equipa de cientistas australianos, tendo já sido testada com sucesso em animais. Espera-se que os testes em humanos comecem em breve e, segundo o responsável pela investigação, a vacina conteria um fragmento de glúten que faria com que o corpo “aprendesse” a ser tolerante, isto é, existiria uma dessensibilização ao glúten. Esta é uma hipótese francamente animadora para todos os celíacos, contudo, ainda tem um longo caminho a percorrer…

Já os comprimidos parecem ser uma realidade mais próxima uma vez que a sua testagem já se encontra na fase 2b (sendo que a 3 é a última fase antes da comercialização, durando cada fase cerca de 10 anos). Estes comprimidos formariam um grupo denominado antagonistas dos receptores da zonulina, que é uma proteína relacionada com a permeabilidade dos tecidos epiteliais que apresenta valores mais elevados nos celíacos do que na restante população. Estando actualmente a ser testado num grupo de 180 pessoas, este fármaco deveria ser ingerido antes de cada refeição, uma vez que a sua eficácia seria por períodos de cerca de 2 a 3 horas.

O avanço da ciência abriu também novas possibilidades na cura da DC, entre as quais a desintoxicação da gliadina, a realização de suplementos orais de enzimas especiais, a fabricação de compostos que possam bloquear o local de adesão das moléculas nocivas aos celíacos e administração nasal de gliadina por forma a adquirir tolerância à mesma. É relevante o facto de todas estas possibilidades poderem ocorrer apenas com recurso à engenharia genética e, por isso, ainda se encontrarem numa fase “embrionária” de desenvolvimento.

Por agora, temos a dieta que nos permite levar uma vida perfeitamente normal. E vivemos bem com ela, estamos mestres na rotulagem e temos os bolsos cheios de estratégias de sobrevivência. Às vezes não é fácil, mas nunca é difícil. Absolutamente “sem espiga”.

* Todas as informações apresentadas neste post foram retiradas de publicações científicas certificadas.


Carmen G.

12/03/2009

Não se esqueça...


Nesta época de fazer contas a despesas de 2008 e preencher o IRS, queremos lembrar que no Anexo H – Benefícios Fiscais e Deduções (campo 901 do Quadro 9) pode colocar o NIF da APC (502 852 038) e, desta forma, contribuir com 0,5% do imposto retido pelo Estado, para a nossa associação. Assim estará a apoiar a APC no desenvolvimento de iniciativas tão importantes para todos nós como a análise de alimentos e a permanência da dietista a longo-prazo.

Pode sempre contribuir também, divulgando esta informação pelos familiares, amigos, colegas de trabalho, conhecidos e pedindo a todos estes que divulguem aos seus familiares, amigos, colegas e conhecidos!

(Nota: os 0,5% serão retirados do imposto retido pelo Estado não interferindo directamente com as suas contas.)

Obrigado e boas contas!

APC Jovem

11/03/2009

Questões sem glúten - análise


Depois de uma semana online, a sondagem que inaugurou o novo espaço do nosso blogue, teve resultados bastante interessantes. Num total de 55 votos (números bastantes animadores para uma primeira votação), foi curioso verificar que a maior percentagem se encontrou na idade adulta (41%), seguida de bebé (27%) e criança (11%) e com uma menor expressão a adolescência (10%). Por último, ninguém assinalou como data de diagnóstico uma idade superior a 65 anos.

Retirando uma percentagem mínima de leitores que tenha votado sem ser celíaco ou representante de celíaco, e ressalvando que a amostra é reduzida para ser representativa do universo de celíacos portugueses, a maior percentagem da idade adulta é algo surpreendente (ou não...), tendo em conta que o diagnóstico da doença celíaca (DC) é um quadro associado mais a idades precoces do que propriamente a fases mais avançadas da vida. Especulando um pouco acerca destes resultados, podem-se adiantar algumas justificações:
- o blogue ser consultado por uma maior percentagem de celíacos adultos relativamente a crianças, que possivelmente só estaram representadas pelos votos dos seus familiares;
- a idade adulta ser das faixas etárias que abrange um maior número de anos;
- reflexo do cada vez maior número de adultos menos jovens nos quais é diagnosticado DC;
- os celíacos adultos serem aqueles que estarão mais interessados na consulta de informação sobre a sua doença, devido a um diagnóstico recente e desconhecimento da DC e assim terem uma maior presença na blogoesfera.

De realçar a percentagem próxima relativamente a bebés e crianças, comprovando ser ainda estas as idades, onde os sintomas da DC são mais visíveis e daí uma maior facilidade de condução ao seu diagnóstico. A percentagem nula de diagnóstico da DC acima dos 65, deve-se às contigências da votação, pois existem relatos (raros) de celíacos em que o diagnóstico foi feito nesta fase.

Desafiamos os nosso leitores a fazerem os seus comentários a esta sondagem de forma a fomentar a discussão possível dos mesmos.

O nosso agradecimento a todos aqueles que votaram e o apelo que continuem a fazê-lo na sondagem desta semana.

08/03/2009

Encontro Nacional

O Encontro Nacional da APC, a realizar-se dia 28 de Março na Escola Secundária de Vendas Novas, Avenida 25 de Abril, vai registar algumas mudanças face aos anteriores.

Este encontro terá início às 10h com o workshop "Cozinha Sem Glúten". Este workshop será dado pelo pasteleiro Ricardo Silva, que tem vindo a criar e adaptar várias receitas de modo a torná-las aptas para celíacos, e que ensinará a fazer pão e pastéis de nata. Em seguida, é possível participar também às 13h num almoço sem glúten, a decorrer no restaurante "Canto dos Sabores". A ementa do almoço consitirá em:

Entradas: Ovos com espargos, salada de pimentos, bacalhau com grão e cogumelos no forno.
Pratos: Bacalhau com natas, gambas e espinafres, acompanhado com salada; Carne assada no forno com arroz e/ou puré, acompanhado com legumes saltados.
Sobremesa: Sericaia, salada de frutas.

Posteriormente, às 15h, será feita a apresentação das contas da APC relativas ao ano de 2008. Para as 16h prevê-se uma sessão científica seguida do tradicional lanche sem glúten da APC.

Paralelamente ao workshop e à apresentação de contas, decorrerão, respectivamente, uma gincana desportiva e um peddy paper. Estas actividades, direccionadas às crianças e jovens, realizar-se-ão ao ar livre no campo circundante às instalações do encontro, sendo idealizadas e organizadas pelo grupo APC Jovem que se responsabiliza pelas crianças durante esse período. Proporciona-se assim uma excelente oportunidade de convívio para os mais novos, visto poderem disfrutar da companhia de crianças de idade semelhante e que partilham as mesmas restrições alimentares. Ao mesmo tempo promovem-se hábitos de vida saudáveis, uma vez que praticarão uma actividade física e que, sendo o peddy paper temático, ficarão a conhecer mais sobre a DC.

A inscrição no workshop implica o pagamento de 5€ e o almoço custará 18€ por pessoa adulta, estando por combinar ainda o preço do mesmo para crianças. Todas as outras actividades são gratuitas. As inscrições nas várias actividades deverão ser confirmadas até ao dia 14 de Março, por telefone (91 813 95 11) ou email (
dietista@celiacos.org.pt).

Contamos convosco, não faltem!

05/03/2009

Mais escolha

Já anteriormente dissemos que não queremos que a DC limite as escolhas dos celíacos e é essa a razão deste post. Todos sabemos que existem à nossa disposição várias marcas específicas de produtos sem glúten, mas estas não são as únicas marcas seguras que podemos consumir. Aliás, já algumas marcas avançaram com uma rotulagem mais completa que identifica a presença ou não de glúten no produto em questão.

Apresentamos aqui uma lista de algumas destas marcas, com vista a que diversifiquem a vossa escolha.
No entanto, é preciso ressalvar que este é um levantamento feito pelo grupo de jovens que apenas inclui as marcas de que temos conhecimento. Haverão com certeza outras que ainda não identificámos, pelo que pedimos que nos comuniquem se encontrarem outras marcas (não específicas) que indiquem no rótulo que o produto não contém glúten, para que possamos manter esta lista o mais actualizada possível. Pode fazê-lo através de um comentário ao post ou por mail.

Esta lista não dispensa a consulta dos rótulos no momento de compra, uma vez que as receitas dos produtos vão sofrendo alterações.

Boas compras!


Farinhas:
- Amido de milho Maizena
- Farinha de soja Saluvita

Charcutaria:
- Salsichas Nobre Naturíssimos (porco, frango e peru)
- Presunto Navidul
- Fiambre da Pá Dia
- Fiambre de Porco Extra Dia
- Peito de Peru Dia
- Sandwich Afiambrado Dia
- Mortadela Dia
- Chouriço Extra Dia
Arroz:- Pato Real Linha Gourmet (arroz com couves e bacon, arroz de pimentos, arroz de pinhões e sultanas, arroz de camarão, arroz integral com espargos e cenoura, arroz branco)


Compotas:
- Compotas Casa Mateus (abóbora, alperce, amora, cereja, figo, framboesa, gila, laranja, pêra, pêssego, marmelo, melão, morango, tomate)
- Compotas Casa Mateus Light (frutos silvestres, pêssego, maçã, morango)

Farinhas para bebé:
- Cerelac (papa de inicio, peras, multifrutos, arroz, milho e arroz)
- Milupa (primeira papa, arroz, maçãs, pêras, banana pêra, maçã banana com sabor a iogurte, boa noite banana, boa noite pêra)
- Nestum Arroz

Cereais lácteos:- Cerelac Cereais Lácteos Sem Glúten
- Cerelac Boa Noite (cenouras e arroz, legumes variados e arroz)
- Blédipapa (baunilha, cereais, mel)

Boiões de fruta:
- Frutas Nestlé (pêra banana, pêra williams, pêssego, banana laranja e bolacha, 6 frutas, banana maçã, frutas variadas, maçã, maçã marmelo, pêra maçã)
- 100% Frutas Nestlé (maçã pêra, maçã banana, maçã pêssego, maçã manga, maçã banana e morango, salada de frutas)
- Nestlé Bebé (multifrutas, natural, maçã e banana)
- Blédina Fruta Pura (maçã, pêra maçã, maçã banana, pêra, ameixa maçã, frutos variados, maçã laranja, banana, pêra ananás, maçã, alperce, morango, banana pêssego morango)
- Blédina Boiões de Fruta (maçã, pêra, maçã banana, maçã banana morango, pêra tangerina, maçã marmelo, alperce maçã, maçã pêra, salada de frutas, pêssego morango, maçã kiwi)
- Blédina Bledíssimo (maçã pêra, maçã banana, maçã alperce, maçã maracujá)
- Blédina Blédicremoso (morango, baunilha, pêssego alperce, maçã pêra)
- Blédina Petit Blédi (banana, pêssego pêra, frutos vermelhos, morango)

Refeições para bebé:
- Refeições Nestlé (arroz com frango e cenoura)
- Blédina Boiões de Refeição (cenouras com peru, jardineira de frango e vitela, jardineira de borrego, estufado de frango com arroz, legumes e vitela)
- Blédina Blédimamã (legumes da horta com carne, puré de batata com frango, puré de batata e bróculos, legumes com salmão
- Blédina Blédichef (estufado de cenouras com carne, legumes com frango e arroz)

Sopas:
- Blédina Blédisoup (legumes variados, legumes verdes, delícia de cenouras, selecção da horta, juliana)

Sobremesas:- Nestlé Queijinho Branco
- Nestlé Queijinho Branco Frutas Exóticas
- Nestlé Queijinho Branco Maçã
- Nestlé Igolino (alperce, pêra, morango, banana)
- Blédina Sobremesas (baunilha, caramelo)


Sumos:- Nestlé Sumos (maçã, frutas variadas)
- Blédina Sumos (laranja maçã, frutas variadas)

04/03/2009

Questões sem glúten

No sentido de aproximar os nossos visitantes do universo sem espiga, a APC Jovem anuncia a inauguração de um espaço semanal de sondagem sobre diferentes temas da doença celíaca. Não tendo por objectivo tirar conclusões sobre "o nosso mundo", pretendemos encontrar alguns indicadores relativamente aos celíacos que nos vêem. Desta forma, pedimos que respondam às questões apenas celíacos ou seus representantes. Tendo algumas questões pertinentes já programadas, estamos abertos a receber propostas de perguntas a serem colocadas a votação, pedindo que as enviem para o nosso e-mail (semespiga@gmail.com).

Boas votações