Há 100 mil portugueses que são 'alérgicos' ao pão
por HELDER ROBALO, 23 Janeiro 2011
por HELDER ROBALO, 23 Janeiro 2011
Na escola, a professora tem sempre por perto umas gomas ou bolachas próprias para os dias de aniversário. E na cantina há sempre o cuidado de preparar uma refeição sem glúten para Bárbara Soares. Tem sete anos, mas os pais só no ano passado descobriram que a filha era doente celíaca e que, por isso, tinha constantes queixas de dores de barriga, logo no início da refeição. "A pediatra sempre disse para não nos preocuparmos com a falta de peso e de altura, que era normal e que depois recuperava", diz a mãe, Cristina Soares.
O caso não é único, e a presidente da Associação Portuguesa de Celíacos diz que "em Portugal há cinco a oito mil doentes identificados, mas haverá 70 a 100 mil por diagnosticar". "As análises são caras, não constam das listagens médicas e só são gratuitas em meio hospitalar", diz Marina Van Zeller. Só a biópsia da mucosa do intestino permite confirmar a suspeita de doença. Além disso, frisa, "são poucos os médicos que se lembram de pedir as análises, pois os sintomas são muitas vezes confundidos com os de outras doenças".
A doença resulta de intolerância ao glúten, e não de alergia, e afecta adultos e crianças geneticamente predispostos. A ingestão de alimentos com glúten - como pão, esparguete ou salsichas - causa atrofia das vilosidades da mucosa do intestino delgado, impedindo a correcta absorção de nutrientes, vitaminas, sais minerais e água. Nas crianças, os principais sintomas são as diarreias constantes, a perda de peso ou o atraso no crescimento. Já nos adultos, o cansaço crónico, as anemias, os abortos espontâneos e a fertilidade diminuída são alguns dos sinais (ver infografia).
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