11/12/2009

Questões sem glúten - Análise

Na noite de consoada ou no Dia de Natal não faltam os pratos tradicionais: bacalhau cozido, perú recheado e cabrito assado, consoante as regiões do país. Os doces também cobrem a mesa e são muitos e variados: rabanadas, sonhos, filhós/velhoses, coscorões, azevias, broas ou troncos de Natal.

Na sondagem desta semana perguntámos aos leitores do Sem Espiga qual a sua maior dificuldade nesta quadra festiva em que a maioria dos doces e alguns pratos contêm glúten. “Encontrar alternativas SG aos seus pratos / doçaria preferidos da época” foi a resposta que obteve maior número de votos (33%).

Acreditamos que a falta de opções é mais notória no caso dos doces uma vez que ainda não há à venda em Portugal, em pastelarias e nos locais de compra habituais, doces de Natal sem glúten.

Outra das razões para a existência deste problema é a elevada quantidade de farinha com que são confeccionados quase todos os doces desta época o que dificulta a sua substituição por farinhas sem glúten.

Contudo, existe alguma doçaria que pode ser convertida como as rabanadas que podem ser feitas com pão sem glúten e as broas em que a farinha de trigo pode ser substituída por farinha de amêndoa ou de milho.

A segunda resposta mais votada foi “Nenhuma dificuldade” (21%) o que nos deixou muito satisfeitos por saber que muitas pessoas não têm dificuldades em fazer refeições sem glúten nesta quadra.

Podemos imaginar que estes leitores conseguem converter receitas tradicionais desta época em receitas sem glúten ou criar novas, encomendam estes produtos alimentares a pessoas que os confeccionam sem glúten ou que os compram no estrangeiro ou online.

É possivel que algumas das pessoas que disseram não sentir dificuldades tenham optado por abdicar de consumir os pratos e doces tradicionais consistindo as suas refeições de Consoada e Natal de alimentos isentos.

A primeira resposta “Evitar a contaminaçao cruzada” reuniu 18% dos votos, sendo a terceira resposta com maior número de votos. Esta preocupaçao é diária, mas toma outras proporções quando há muita gente à mesa.

No jantar de Consoada e no almoço de Natal é aconselhável falar com a(o) cozinheira(o) sobre como impedir que ocorra contaminação cruzada e também explicar a familiares que possam ainda não saber do que se trata quais as suas consequências.

Confeccionar produtos SG” foi a penúltima resposta mais votada (15%). Felizmente a APC Jovem sabe que alguns pasteleiros e algumas mães têm trabalhado na adaptaçao de receitas tradicionais e que a partilha dessas experiencias vai diminuir o número de pessoas com dificuldade em confeccionar produtos sem glúten.

Por último, com 12% dos votos ficou a resposta “Explicar a familiares e amigos que sofre de DC e quais as suas limitações”. Nem sempre é fácil explicar o que é a doença celíaca e a contaminação cruzada, sobretudo a pessoas de alguma idade e a crianças pequenas.

Ainda assim deve ser feito um esforço numa linguagem clara e simples para clarificar quais são os alimentos prejudiciais à nossa saúde e quais as consequências da ingestão destes e da ocorrência de contaminação cruzada.
Esteja atento ao nosso blogue porque na próxima semana vamos publicar algumas receitas de doces tradicionais isentos de glúten para que possa saborear melhor com a sua família a mesa de Natal.

Agradecemos a sua participação na sondagem desta semana alusiva à época Natalicia e contamos com o seu voto na próxima que será publicada brevemente. Aproveitamos para lhe desejar um Feliz Natal!

1 comentário:

Anónimo disse...

Boas,
Quero deixar uma nota com cheirinho a esperança.
Já abriu em Braga (na Rua S. Sebastião - Cividade) uma loja de venda de produtos adequadas a dietas com restrições. Melhor que isto é a noticia que brevemente disponibilizará todo tipo de doçaria, e não só, sem alergenos.
site - www.coisaskomsentido.pt