A forma como o glúten é introduzido na alimentação do bebé e a associação da introdução do glúten à amamentação podem ter um papel importante no surgimento da doença celíaca.
Dois estudos incluídos num artigo de revisão italiano* apontam para a importância da idade do bebé no momento da introdução do glúten na sua alimentação. Se a primeira exposição ao glúten acontecer a partir dos 4 até aos 7 meses de idade, o risco de desenvolvimento de doença celíaca é provavelmente menor.
Uma epidemia de doença celíaca em crianças menores de 2 anos ocorreu na Suécia entre 1982 e 1995, com um número de novos casos aumentados quatro vezes, seguido de um regresso aos valores pré-1982. Este padrão epidémico foi, mais tarde, relacionado com a política alimentar que indicava que a introdução do glúten deveria fazer-se após o desmame do leite materno.
Essas directivas foram alteradas em 1996: a recomendação para a introdução alimentar do glúten passou dos 6 para os 4 meses. Como resultado, a incidência (novos casos) de doença celíaca na Suécia desceu significativamente.
Também se verificou, no mesmo período de 1982-1995, que os bebés foram expostos a maiores quantidades de glúten aquando da sua introdução.
O mesmo grupo de crianças nascidas durante a epidemia estudado aos 2 anos de idade foi seguido até aos 12 anos, e aqui verificou-se que o número de casos de doença celíaca aumentou e já correspondia a 3% das crianças suecas nesta faixa etária, o que sugere que o efeito da introdução tardia do glúten esteve presente para além dos 2 anos de idade.
A Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátricas (ESPGHAN) recomenda que se evite quer a exposição precoce (antes dos 4 meses) quer a tardia (depois dos 7), e que a introdução se faça gradualmente, em pequenas quantidades, e enquanto o bebé ainda está a ser amamentado. Pensa-se que isto permitirá que a resposta imunitária intestinal se mantenha bem regulada enquanto o aparelho gastro-intestinal vai amadurecendo, nestes primeiros meses de vida.
Contudo, existem ainda alguns pontos por compreender, pois alguns estudos apontam para que a introdução do glúten durante a amamentação proteja as crianças da doença sintomática, mas não da doença atípica (sintomas não-intestinais) e da doença silenciosa.
*Silano N, Agostoni C, Guandalini S, "Effect of the timing of gluten introduction on the development of celiac disease", World Journal of Gastroenterology, Abril de 2010.
Dois estudos incluídos num artigo de revisão italiano* apontam para a importância da idade do bebé no momento da introdução do glúten na sua alimentação. Se a primeira exposição ao glúten acontecer a partir dos 4 até aos 7 meses de idade, o risco de desenvolvimento de doença celíaca é provavelmente menor.
Uma epidemia de doença celíaca em crianças menores de 2 anos ocorreu na Suécia entre 1982 e 1995, com um número de novos casos aumentados quatro vezes, seguido de um regresso aos valores pré-1982. Este padrão epidémico foi, mais tarde, relacionado com a política alimentar que indicava que a introdução do glúten deveria fazer-se após o desmame do leite materno.
Essas directivas foram alteradas em 1996: a recomendação para a introdução alimentar do glúten passou dos 6 para os 4 meses. Como resultado, a incidência (novos casos) de doença celíaca na Suécia desceu significativamente.
Também se verificou, no mesmo período de 1982-1995, que os bebés foram expostos a maiores quantidades de glúten aquando da sua introdução.
O mesmo grupo de crianças nascidas durante a epidemia estudado aos 2 anos de idade foi seguido até aos 12 anos, e aqui verificou-se que o número de casos de doença celíaca aumentou e já correspondia a 3% das crianças suecas nesta faixa etária, o que sugere que o efeito da introdução tardia do glúten esteve presente para além dos 2 anos de idade.
A Sociedade Europeia de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátricas (ESPGHAN) recomenda que se evite quer a exposição precoce (antes dos 4 meses) quer a tardia (depois dos 7), e que a introdução se faça gradualmente, em pequenas quantidades, e enquanto o bebé ainda está a ser amamentado. Pensa-se que isto permitirá que a resposta imunitária intestinal se mantenha bem regulada enquanto o aparelho gastro-intestinal vai amadurecendo, nestes primeiros meses de vida.
Contudo, existem ainda alguns pontos por compreender, pois alguns estudos apontam para que a introdução do glúten durante a amamentação proteja as crianças da doença sintomática, mas não da doença atípica (sintomas não-intestinais) e da doença silenciosa.
*Silano N, Agostoni C, Guandalini S, "Effect of the timing of gluten introduction on the development of celiac disease", World Journal of Gastroenterology, Abril de 2010.
1 comentário:
O ideal seria não comermos Gluten nunca afinal so faz é mal comia-se sempre sem gluten:)sem sal sem açucar:)
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