28/02/2009

NoGlut

E porque com um bocadinho de boa-vontade ainda estamos em época de Carnaval, aqui fica mais um rescaldo. Desta feita o rescaldo das nossas experiências culinárias relativas à época. Esperemos que gostem!




COSCORÕES à moda de Salvaterra
(receita adaptada da revista TeleCulinária n.º171)


Ingredientes:
- 600g de farinha mix B da Schar
- 5 ovos
- 25g de fermento seco Schar
- 1 laranja
- 0,5 dl de aguardente
- 0,5 dl de água
- 1 pitada de sal
- açúcar e canela em pó para passar
- farinha para polvilhar
- óleo para fritar


Preparação:
- Numa tigela, bata os ovos. Aqueça ligeiramente a água, adicione o fermento e dissolva-o muito bem.
- Numa bancada, misture a farinha sem glúten com uma pitada de sal e a raspa da laranja. Abra uma cavidade ao centro, junte a água com o fermento dissolvido e comece a amassar, adicionando o sumo de laranja e a aguardente. Continue a amassar juntando depois os ovos e trabalhe bem, polvilhando com farinha se necessário, até ficar com uma massa homogénea. Coloque numa tigela polvilhada com farinha, faça um corte em cruz, cubra com um pano húmido e deixe levedar em local morno até ficar com o dobro do tamanho.
- Divida depois a massa em quatro partes. Estenda-as numa bancada polvilhada com farinha até que fiquem o mais fino possível sem furar. Corte depois em pedaços com um corta-massas e faça uns cortes no meio. Leve a fritar em óleo de ambos os lados, regando com óleo por cima da massa enquanto frita, utilizando uma colher. Retire, deixe escorrer, passe por uma mistura de açúcar e canela e... Bom-apetite!



Carmen G.


26/02/2009

Rescaldo de convite “Verde”


Foi na passada sexta-feira, no Restaurante La Trattoria, em Lisboa, que realizámos o segundo jantar da APC Jovem. Foi num ambiente acolhedor e agradável que partilhámos uma refeição italiana sem glúten.
Estiveram presentes, além de alguns elementos da APC Jovem, duas simpáticas famílias. Trocámos experiências da vida de celíacos e famílias, pequenos truques, comidas permitidas e perigosas …
Foi um jantar muito rico pois, além de desfrutar do tempero do Chef Bruno, tivemos contacto com várias idades e momentos de diagnóstico da DC e as mudanças na vida familiar que esta traz.
Foi, portanto, mais uma oportunidade de convívio e partilha que nos parece muito importante para, cada vez mais, nos aproximarmos.



Ficamos à espera de sugestões para as próximas paragens no nosso roteiro “verde”.




Aproveitamos também para desejar um bom Carnaval a todos!!

APC Jovem

19/02/2009

Sabia que...


Se, em relação a muitos aspectos, a DC não é impedimento para fazer uma vida plena, ela pode, no entanto, constituir alguns entraves noutros.

Devido ao surgimento de algumas dúvidas quanto à possibilidade dos celíacos poderem ser dadores de Medula Óssea e de Sangue, achámos pertinente tentar esclarecer a questão. Para tal contactámos, via e-mail, o Centro de Histocompatibilidade do Sul e o Instituto Português do Sangue.


Segundo o que foi explicado, na avaliação dos candidatos a dadores de Medula Óssea são consideradas as consequências quer para estes como para os receptores e que o motivo para o impedimento da doação é a protecção destes últimos. Como a DC se encaixa no âmbito das doenças auto-imunes poderia representar um risco adicional para a saúde dos receptores, dada a fragilidade do seu sistema imunitário.
No entanto, não são só más notícias: é-nos possível dar sangue! Segundo o que foi transmitido não há qualquer problema em dar sangue sendo, contudo, recomendado a apresentação de uma declaração do médico assistente em como estamos a ser acompanhados, não tomamos medicação e não existe outra contra-indicação para o controlo da DC. Claro que, não sendo a DC uma limitação por si só, há que estar atento aos outros critérios de doação.

Para mais informações e esclarecimentos pode consultar, por exemplo, os seguintes sites:
http://www.ipsangue.org/
http://www.chsul.pt/
http://www.chnorte.min-saude.pt/
http://www.histocentro.min-saude.pt/

Boas colheitas!!

11/02/2009

Convite "Verde"

No seguimento do roteiro "verde" (restaurantes com refeições isentas de glúten), propomos que nos faça companhia no jantar a realizar no dia 20, pelas 20h30, no restaurante "La Trattoria" (localização aqui).

Este espaço que privilegia a gastronomia italiana, poderá proporcionar aos celíacos uma experiência única de cozinhados confeccionados por especialistas e com todas as questões de segurança salvaguardadas.

Desta forma, convidamos todos os leitores do nosso blogue a juntarem-se a nós na descoberta dos sabores da mais requintada cozinha italiana. Para tal, o chef Bruno reservou-nos o seguinte menu (custo 20 euros):


Entrada - Salada de Rúcula com queijo Grana Padano e vinagre balsâmico

Prato Principal - Spaghetti Bolognese / Penne com espinafres, camarão e nata fresca / Fettucine com cogumelos e nata fresca

Sobremesa - Panacota

1 bebida - água / refrigerante / copo de vinho

1 Café

Agradecíamos que confirmassem a presença até dia 18 de Fevereiro, através de um e-mail para semespiga@gmail.com. Contamos com todos!
APC Jovem

05/02/2009

(Re)Conhecendo o "inimigo"


Ontem, cerca das 18h30, passava na RTP2 um programa dedicado a explicar a ciência aos jovens, sendo que uma das rubricas do mesmo era passada numa cozinha. O tema da experiência foi o glúten e apesar de não ter abordado directamente o tema da doença celíaca, foi extremamente educativo perceber os factos abordados, que hoje partilho convosco.


A experiência consistia, basicamente, em molhar com água corrente uma porção de farinha de trigo até sair totalmente uma solução branca (amido), obtendo-se, no final, uma substância elástica, de textura pegajosa e fibrosa, semelhante a pastilha elástica: o glúten. Tal acontece porque o glúten é uma rede de proteínas (sendo as principais a gliadina e a glutenina) insolúvel e amorfa. Assim, ao contacto com a água, é possível isolar estas mesmas proteínas que são responsáveis pela elasticidade da massa, permitindo a sua fermentação e consequente crescimento. As engenheiras presentes no programa comprovaram este facto ao colocarem no microondas uma pequena porção de glúten que, em menos de um minuto, se tornou do tamanho de uma bola de futebol. A textura do glúten deve-se essencialmente à forma como as suas proteínas constituintes se organizam entre si, agrupando-se de uma nova forma sempre que haja um corte nas ligações pré-existentes.

No filme que se segue, retirado do youtube, podemos visualizar a experiência que descrevi, realizada por um pasteleiro inglês. Tendo o glúten um papel tão determinante na vida de um celíaco, parece-nos pertinente conhecer as suas principais características e especificidades. Assim sabemos exactamente aquilo de que devemos "fugir".






Carmen G.

02/02/2009

No glut

É com grande satisfação que disponibilizamos a receita de bolo rainha enviada pela Carla Cardoso, convidando os nossos leitores a enviar também as suas iguarias. Destacamos a iniciativa desta amiga da APC Jovem, que descobriu recentemente a doença e como a própria diz sobre a sua receita, "atrevi-me a experimentá-la com farinhas sem glúten, uma vez que adoro bolos rainha, e realmente ficou muito bom." As fotos parecem comprovar a sua afirmação. Atreva-se também a divulgar as suas especialidades culinárias. Agradecíamos que as enviassem para o e-mail da APC Jovem acompanhadas de identificação, fotos, ingredientes e preparação.
Bons cozinhados sem espiga!


Bolo rainha sem glúten à moda da Carla



Ingredientes (para 6 a 8 pessoas):
- 250g de farinha mix (ex: El Corte Inglès - Special Line)
- 20 a 25g de fermento seco (Schär)
- 50g de frutas cristalizadas sortidas para enfeitar
- 125g de frutos secos (nozes, pinhões, amêndoas)
- sumo e raspa de 1 laranja
- 25g de sultanas ou passas
- 2 ovos
- 75g de açúcar
- 75g de manteiga
- 2 cálices de vinho do Porto
- 1,5dl de leite
- 1 gema
- farinhageleia ou mel q.b.
Preparação:
Prepare o fermento diluindo-o em leite morno. Acrescente 50g de farinha e mais leite, se necessário, para o fermento se despegar das mãos. Com a massa obtida forme uma bola, golpeie-a em cruz e deixe-a levedar em local seco e morno. Coloque a restante farinha em monte,faça-lhe uma cova no centro e coloque nela os ovos, a manteiga, o sumo e a raspa da laranja, o açúcar e o Porto. Ligue todos os ingredientes, à excepção da farinha, junte-lhes o fermento já lêvedo e por fim incorpore a farinha, trabalhando-a dos lados para o centro até obter um preparado homogéneo. Trabalhe a massa como quem faz pão, revolvendo-a de fora para dentro até ela se despegar facilmente das mãos e formar bolhas. Por fim, adicione os frutos secos e as passas ou sultanas. Mude a massa para uma tigela enfarinhada e coloque-a em local morno, a fim de levedar durante cerca de 4 horas ou de um dia para o outro até dobrar de volume. Nesse tempo, forme um bolo do feitio de coroa, colocando no meio um copo de alumínio ou qualquer outro objecto que impeça a abertura central de se fechar. Disponha as frutas cristalizadas, os pinhões, as passas e pincele com a gema de ovo deixando a levedar durante uma hora. Coza em forno brando e, ao retirar do forno, pronto aplique-lhe umas pinceladas com Geleia ou mel aquecidos para lhe acentuar o brilho. Se quiser aplique fios de ovos no meio e à volta.
P.S. Esta receita dá para um grande bolo, portanto se quiser fazer um bolo mais pequeno terá de fazer metade da receita. Se quiser e tivera máquina do pão aproveite para amassar lá a massa, eu amassei lá a massa por 3 vezes e ficou muito bom.