O meu nome é Susana e sou celíaca desde que me lembro.
Tenho 20 anos e foi-me diagnosticada a Doença Celíaca (DC) com 2 anos de idade.
Nessa altura ainda pouco se sabia sobre a DC, e fiz uma série de exames até descobrir, por uma biópsia intestinal, o que realmente tinha.
Os sintomas eram maioritariamente vómitos e barriga distendida. Aos poucos, com a iniciação da "dieta" isenta de glúten, vi-me livre desses "problemas".
Na altura lembro-me que existia pouca variedade de alimentos, e o único pão sem glúten que havia eram umas tostas de "dieta" que eu detestava...
Entretanto, quando entrei para a escola, todos os meus colegas pareciam adorar a minha comida (especialmente as minhas bolachas)!
Normalmente levava os lanches de casa, e ao almoço ia à cantina pois os meus pais tinham alertado previamente as cozinheiras da minha condição, tendo elas o cuidado de me prepararem algo sem glúten.
No secundário passei a vir comer a casa (era mais seguro, e não queria continuar a "incomodar" as cozinheiras). Já na faculdade comecei a levar comida de casa e a aquecer no microondas.
No secundário passei a vir comer a casa (era mais seguro, e não queria continuar a "incomodar" as cozinheiras). Já na faculdade comecei a levar comida de casa e a aquecer no microondas.
Ainda hoje os meus colegas parecem adorar a minha comida e felizmente já podemos partilhar os mesmo alimentos (por exemplo pizza, apesar de a minha ter de ser sem glúten).
Olhando para trás, posso não ter tido tantas opções quanto os meus colegas no que trata as refeições, mas hoje tenho muitas mais opções do que tinha antes.
Sou uma jovem que teve um crescimento tão natural quanto os outros, e não foi o meu especial cuidado com a alimentação que me impediu ou privou de viver fosse o que fosse.
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