30/01/2010
NoGlut - Molotof
20/01/2010
Questões Sem Glúten – Análise
Por experiência todos sabemos que cumprir uma dieta sem glúten pode ser uma tarefa complicada. As dificuldades podem estar associadas a diversas situações. Ora esta semana quisemos saber quais as situações que tornam difícil cumprir a dieta sem glúten (“É-lhe difícil cumprir a dieta quando…”).
Uma grande parte dos leitores (11 pessoas – 42%) respondeu que lhes é difícil cumprir uma dieta isenta de glúten quando “tem de comer fora de casa.” Estas dificuldades em cumprir a dieta quando se come fora de casa podem derivar de vários factores como o não controlo de possível contaminação, o desconhecimento da problemática, má interpretação de explicações ou crenças erradas (como por exemplo, “só um bocadinho não há-de fazer mal”) de outras pessoas. Como sabemos da importância extrema em cumprir a dieta, é necessário tentar ultrapassar estas dificuldades. Podemos, por exemplo, comer em locais conhecidos e em que a problemática seja entendida (bem como as consequências de quebra da mesma), levar comida de casa, etc.
Quase o mesmo número de leitores (10 – 38%) respondeu que é quando “está numa festa” que se torna difícil cumprir a dieta. Mais uma vez, esta resposta pode decorrer do pouco controlo que se tem da contaminação cruzada. Um outro motivo pode ser a “tentação” de provar doces, pratos, etc. que contenham glúten. Nesta situação a responsabilidade do celíaco terá de ser mais forte que os olhos, o nariz ou o paladar. Nunca é demais recordar que, mesmo não havendo sintomas, a quebra da dieta tem efeitos no equilíbrio do nosso organismo e consequentemente para a nossa saúde e bem-estar.
Já três leitores (11%) responderam que “nunca é difícil cumprir a dieta”. Esta não dificuldade pode resultar de um grande trabalho de reunir e transmitir informação, sentido de responsabilidade e apoio por parte das pessoas mais próximas. Contudo, há que salientar que mesmo com muita “experiência” e cuidado no cumprimento da dieta, é necessário que se permaneça atento pois existe sempre a possibilidade de transgressão ainda que sem responsabilidade directa do celíaco. Por isso também é importante, para todos, análises regulares que monitorizem a reacção do nosso organismo à ingestão de glúten.
Uma pessoa (3%) assinalou a opção “… partilha o uso da cozinha” como a situação em que lhe é mais difícil cumprir a dieta. Novamente aqui poderá, por exemplo, estar o problema de contaminação por partilha de utensílios que tenham entrado em contacto com glúten e não tenham sido lavados. Esta situação pode ser ainda mais complicada quando se partilha a cozinha com várias pessoas com quem por vezes nem se tem um contacto facilitado, como no caso de residências de estudantes. Mais uma vez, em prol da saúde e bem-estar é necessário criar soluções para contornar as dificuldades.
Também uma pessoa (3%) respondeu que lhe é difícil cumprir a dieta quando “outras pessoas incentivam-no/a a quebrá-la”. Embora se possa compreender que esta dificuldade surja, principalmente no período da adolescência, tal como no caso das “tentações”, é necessário que a responsabilidade de cumprir a dieta prevaleça sobre os outros factores. Se mesmo depois de explicar as consequências do incumprimento da dieta as pessoas insistirem em que a quebremos, não nos podemos esquecer que a última palavra é nossa e em última instância somos nós que decidimos quais os alimentos que ingerimos.
Finalmente, não houve nenhum leitor a assinalar a alternativa “tem convidados para almoçar/ jantar”. Talvez porque a confecção da(s) refeição(ões) quando temos convidados esteja sob o nosso controlo.
Apelamos aos leitores que relatem episódios mais específicos em que seja difícil cumprir a dieta e qual a forma como contornam essas situações.
Mais uma vez, obrigado pela participação.
Cumprimentos sem espiga,
APC Jovem
16/01/2010
A Doença Celíaca e a Saúde Oral
Há, no entanto, alguns sinais relacionados com a área da estomatologia que não podem ser desprezados e que, muitas vezes, se valorizados, conduzirão a um diagnóstico precoce da DC em estado latente.
10/01/2010
Doença Celíaca no Puerpério
[i] Nome dado à fase pós-parto, em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, tendendo a voltar ao estado que a caracterizava antes da gravidez.
08/01/2010
Novos desafios
Com a entrada no novo ano, sentimos a necessidade de relembrar as actividades que desenvolvemos em 2009 e projectar aquilo que pretendemos fazer em 2010.
Sem dúvida que o nosso maior projecto é manter e melhorar o nosso blogue. Percebemos através do número de visitas que recebemos e por contactos com celíacos que esta é actualmente uma das maiores fontes de informação em português para quem é intolerante ao glúten. Na mesma medida que nos enche de orgulho, aumenta as nossas responsabilidades e por isso pretendemos continuar a aposta na dinâmica dos posts, bem como oferecer uma maior variedade temática dentro da DC. Nesta como em muitas outras iniciativas, por vezes, sentimos dificuldade em actualizar a informação fornecida devido à escassez de colaboradores. Reforçamos por isso, a disponibilidade de publicar o que nos for enviado, bem como a abertura para novos colaboradores. Esta dificuldade foi detectada como uma das maiores para desenvolver alguns dos projectos que temos em mente, daí estarmos a preparar uma iniciativa de modo a incentivar os jovens sócios da APC a uma maior colaboração connosco.
Sendo a nosso trabalho indissociável do da APC, registámos com orgulho a presença de elementos da APC/APC Jovem em três programas televisivos (“Mundo de Mulheres”, “Consigo” e “Portugal no Coração”) o que é um excelente indicador da maior visibilidade da DC. Ainda dentro da colaboração mais directa com a APC, estivemos mais uma vez na organização/ dinamização dos Encontros Nacionais (Vendas Novas/Vila Real) onde pudemos constatar uma maior adesão dos sócios, o que nos alegra e motiva para oferecer cada vez melhores momentos nestas alturas tao importantes para a comunidade celíaca. Aproveitamos para agradecer a receptividade da Raquel (Presidente da APC) às nossas iniciativas e ideias para os sócios da APC e ainda um especial reconhecimento à Rita (dietista da APC) pelo empenho que coloca ao serviço da nossa associação, que vai para além da componente profissional e que tem sido essencial para a execução das nossas ideias.
Registámos no último ano, a criação de uma delegação Norte da APC Jovem que aumentou a esfera de actuação do nosso grupo. Dentro dos nossos amigos nortenhos, é de realçar o Filipe que com as suas ideias e dinamismo tem ajudado o grupo a crescer em todos os sentidos e a Gina, uma ajuda imprescindível nos eventos organizados a Norte. Desta forma, no passado ano assistimos a jantares verdes tanto a Sul como a Norte, bem como a convivios no dia internacional do Celíaco e ainda encontros informais em Viseu e Braga. Esta será uma ideia a explorar em 2010, em que convidamos os celíacos a encontrarem- se em cidades ao longo de Portugal para se conhecerem e partilharem a oferta de estabelecimentos que estao sensíveis à DC e que gostavam de colaborar na comercialização de refeições/produtos sem glúten. Esta iniciativa é de capital importância para outro dos nossos projectos de um guia para celíacos, onde se pretende entre informações gerais sobre DC, produtos e “dicas”, compilar os estabelecimentos “verdes” que estejam familiarizados com as particularidades da nossa dieta.
A nível internacional, a APC Jovem elegeu um novo representante na CYE (João) e está envolvida no projecto “just go” que pretende ajudar os celíacos que pretendam desenvolver actividades prolongadas em países estrangeiros. Também estivemos presentes no maior evento da CYE, o Summercamp, que este ano se realizou em Berlim. Infelizmente, tivemos que abdicar da organização do próximo Summercamp, optando pelo estabelecimento de uma parceria com o grupo espanhol que deverá resultar num acampamento ibérico no Verão de 2010, entre outras formas de colaboração.
A APC Jovem encontra-se com vários projectos em curso, e poderá alcançar de uma forma mais sustentada os seus objectivos se contar com uma maior colaboracao de quem representa. Participa e junta-te a nós. Tens sempre o nosso e-mail como forma de comunicar connosco (semespiga@gmail.com) e, através dele poderás dizer de que forma gostarias de / tens disponibilidade para ajudar.
Um excelente ano e sempre SEM ESPIGA!