Olá, eu sou a Soraia, tenho 19 anos e moro na Pontinha,
Lisboa. Actualmente, estou a estudar Gestão de Recursos Humanos no Instituto
Superior das Ciências Sociais e Políticas, no qual me encontro a meio do 2º
ano. Por outro lado, também estou a trabalhar no Continente aos fins-de-semana.
A doença celíaca foi-me diagnosticada em Dezembro do ano passado.
Na
verdade, até aos 15 anos que nunca tinha sofrido do estômago até ter um vírus.
E, ao ir à CATUS ,a médica apenas me receitou uns comprimidos e uma dieta, não
me mandou realizar exames para saber o que realmente tinha. Desde aí, de vez em
quando, ficava maldisposta, chegando a vomitar algumas vezes e, notava que, por
vezes, não tinha muito apetite para comer, como antes.
Em
Julho, os sintomas começaram a ser mais frequentes e mais fortes. Surgiram me,
nesta altura, dores fortes no estômago quando comia. Por vezes, não comia
porque não conseguia e não por não ter fome. De Julho a Agosto, emagreci 5
quilos, pois tudo o que comia, vomitava. Comecei-me a sentir mais cansada e
notei que, me irritava com mais frequência.
Todos
estes sintomas fizeram com que fosse às urgências do Hospital Beatriz Ângelo. A
médica deu-me um medicamento e mandou-me fazer análises à urina, porém, este
medicamento fez com que tivesse um ataque da ansiedade e, saísse das urgências
por vontade própria. No entanto, ao chegar a casa esta ansiedade não passou e
tiver que ir novamente às urgências. Desta vez, a média marcou-me uma consulta
para a gastroenterologia e receitou-me o omeprazol e o domperidona.
Nesta
consulta de gastroenterologia, a doutora mandou-me fazer análises, um raio X e
uma endoscopia digestiva alta com biopsia. E, foi na biopsia que se descobriu
que tinha esta doença celíaca e tinha, também, anemia devido a esta doença
crónica. Assim que saí da consulta, fui pesquisar sobre esta doença e o que
podia ou não comer. Fui ao celeiro dieta comprar algumas coisas para comer, até
ir a nutricionista do Hospital.
Seguidamente
à consulta da nutricionista, comecei a seguir uma dieta isenta de glúten.
Porém, a médica apenas me disse para comer alimentos sem glúten pois queria que
eu engordasse. Confesso que não foi fácil, pois verifiquei que quase tudo o que
comia continha glúten. Tive que comprar alimentos só para mim e tive, também,
que “aprender” a comer de novo, mas, com o apoio da família, sobretudo do meu namorado, tudo tem sido mais fácil.
De facto, o que me custa mais é o facto de ter que comer fora e não poder ir a
qualquer sítio, pois eu ando na faculdade e estes jantares são frequentes.
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