23/07/2010

Novo avanço em direcção a uma terapia mais específica para a doença celíaca



Boas notícias!

Um artigo científico sobre doença celíaca foi largamente reproduzido, esta semana, na imprensa britânica e de outros países. O estudo, publicado na revista Science Translational Medicine, resulta do trabalho de uma equipa liderada por Robert Anderson, do instituto australiano Walter and Eliza Hall Institute of Medical Research, parcialmente financiado por organizações dos EUA, Europa e Austrália.

O caminho para uma terapêutica específica para a origem da doença celíaca foi aberto pela descoberta de três substâncias-chave, componentes do glúten, que despoletam a reacção auto-imune. Estes três constituintes do glúten podem ser o novo alvo de tratamentos a desenvolver, que podem passar por uma vacina.

Os investigadores pesquisaram a reacção auto-imune de 226 voluntários celíacos a 90 peptídeos provenientes do glúten, tendo-se verificado que 3 destes eram particularmente tóxicos para o organismo neste contexto de doença celíaca. O próximo passo, já em curso, é procurar desenvolver uma terapia para a doença celíaca que consistirá na exposição regular a pequenas quantidades destes três péptidos, de forma a que o organismo se habitue e deixe de reagir a eles. Não se espera que esta terapêutica esteja disponível nos próximos 10 anos.


Nota: Este artigo também foi reproduzido em notícia do Jornal de Notícias de 22/07/2010, mas esta refere-se à doença celíaca como "alergia ao glúten".
Para relembrar a diferência entre doença celíaca e alergia ao glúten, releia o artigo| http://sem-espiga.blogspot.com/2009/06/celiaco-sim-alergico-ao-gluten-nao.html

Sem comentários: